por João Monti
Infelizmente, a Universidade de São Paulo entrou com uma representação na justiça contra o professor aposentado Gilberto Chierice por "crimes contra a saúde pública e curanderismo". A USP também fechou o laboratório no campus de São Carlos em que o doutor Chierice e equipe trabalhavam e que fornecia a chamada "pílula do câncer". Estas ações não são por acaso, acontecem justamente às vésperas em que a presidenta Dilma Rousseff pode sancionar ou vetar o projeto de lei 3454/2015 que autoriza o fornecimento em larga escala pela União do composto fosfoetanolamina sintética a portadores de câncer em condição de terapia paliativa ou desenganados pela medicina convencional. Não há dúvidas de que a USP optou pela burocracia, em detrimento da pesquisa, e prefere ter entre seus quadros professores da estirpe de uma Fani, um Wagner, uma Rita etc., entre seus quadros docentes, como se constata no departamento de geografia desta instituição. Ou seja, não é mais a qualidade da pesquisa, mas a quantidade, para obter pontinhos, maquiar estatísticas e subir no ranking universitário. Porém, a atitude da USP lembra muito o Santo Ofício, que vitimou Giordano Bruno e quase levou à fogueira Galilei Galileu. Sem dúvida, entramos numa nova era, de tempos obscuros, uma nova Idade das Trevas.
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