Foram
anunciados os resultados do Good Design Award 2016, concurso promovido pelo
Instituto de Promoção de Design Japonês, com premiação para mais de 1000
inscritos em várias categorias. O seu mais cobiçado e conhecido prêmio, o Grand
Award, concedido entretanto a apenas um concorrente, foi aclamado no dia 4 deste mês. O vencedor foi o mapa-múndi do arquiteto e artista japonês Hajime
Narukawa. .
Mapas
do mundo existem há séculos. Então, o que há de tão especial nesse mapa? Diante
do fato de que todas as projeções cartográficas apresentam problemas ao
representarem uma esfera em um plano, Narukawa há anos vem trabalhando para
resolvê-los. Por exemplo, em 1569, o cartógrafo flamengo Gerardus Mercator
confeccionou um mapa do mundo que é muito usado até os dias de hoje. Todavia,
apresenta grandes falhas, na medida em que distorce drasticamente o tamanho dos
continentes próximos aos polos.
Pensando
nisso, o artista japonês desenvolveu um método de projeção de mapas chamado
AuthaGraph, que busca representar todas as massas de terra e mares com a maior
precisão possível. Mas, Narukawa ressalta que, no passado, seu mapa
provavelmente não despertaria tanto interesse. No século XX, por exemplo, os
mapas enfatizavam as relações geopolíticas entre Leste e Oeste. Com o fim da Guerra
Fria, novas questões se tornaram relevantes, como mudança climática,
derretimento de geleiras na Groenlândia e reivindicações territoriais
marítimas. Tornava-se então urgente formular uma nova visão do mundo a que
melhor se adequasse aos tempos atuais. Uma visão que igualmente compreendesse
todos os múltiplos interesses do nosso planeta.
O
mapa da AuthaGraph não somente representa com fidelidade a proporção de todos
os oceanos e continentes do planeta, como também pode ser um “tessellated”,
isto é, técnica de decomposição de polígonos em pedaços menores à maneira dos
quadros do artista holandês Maurits Cornelis Escher. Assim como um MC Escher,
no mapa AuthaGraph, pode-se atravessar o planeta sem nunca chegar a um fim. A
centralidade também pode ser livremente alterada de acordo com a perspectiva do
usuário.
A
técnica se assemelha a de um origami. Primeiro, o globo terrestre é dividido em
96 triângulos que são transferidos depois para um tetraedro e, por fim,
desdobrado em um retângulo para que se adeque a um monitor de computador.
foda
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