quarta-feira, 16 de setembro de 2020

OS FILHOS DO LULOPETISMO

 

“Quem pariu Mateus que o embale” ou “Quem pariu Matheus que balance”. A origem do ditado popular é controversa. Alguns rementem ao discípulo de Cristo Mateus, um publicano (coletor de imposto) do governo fantoche de Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia. Para dirigir uma crítica ácida a Jesus, por este aceitar um convite para cear na casa de um publicano, os fariseus teriam insinuado que somente o amor de mãe estaria obrigado a embalar um filho cobrador de impostos.

Porém, o mais provável é que o ditado seja uma corruptela de: “Quem pariu e bateu que balance” ou “Quem pariu os maus teus, que balance”.

Os governos lulopetistas cantaram em verso e prosa que mais valia um telefone celular no bolso que um livro na cabeça, enquanto os bancos batiam recordes de lucro ano após ano...

Pois é, quem pariu os bolsominions que os embalem!

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A distinção entre os marxistas e os anarquistas e o Estado, segundo Lenin

A distinção entre os marxistas e os anarquistas consiste nisto: 1º) os marxistas, embora propondo-se à  destruição completa do Estado, não a julgam realizável senão depois da destruição das classes pela revolução socialista, como resultado do advento do socialismo, terminando na extinção do Estado; os anarquistas querem a supressão completa do Estado, de um dia para o outro, sem compreender as condições que a tornam possível; 2º) os marxistas proclamam a necessidade de o proletário se apoderar do poder político, destruir totalmente a velha máquina do Estado e substituí-la por uma nova, consistindo na organização dos Operários armados, segundo o tipo da comuna; os anarquistas, reclamando a destruição da máquina do Estado, não sabe claramente pelo que o proletariado a substituirá nem que uso fará do poder revolucionário, pois repudiam qualquer uso do poder político pelo proletariado revolucionário e negam a ditadura revolucionária do proletariado; 3º) os marxistas querem preparar o proletariado para a revolução, utilizando-se Estado moderno; os anarquistas repelem essa maneira de agir.

O que é o Estado para Lenin?

O Estado é "uma força especial de repressão". Esta notável e profunda definição de Engels é de uma absoluta clareza. Dele resulta que essa "força especial de repressão" do proletário pela burguesia, de milhões de trabalhadores por um punhado de ricos, deve ser substituída por uma "força especial de repressão" da burguesia pelo proletariado (a ditadura do proletariado). É nisso que consiste a "abolição do Estado como Estado". É nisso que consiste o "ato" de posse dos meios de produção em nome da sociedade. Consequentemente, essa substituição de uma "força especial" (a da burguesia) por outra "forca especial" (a do proletário) não pode equivaler para aquela a um "definhamento". 

LENIN, V. L. O estado e a revolução. Editora Expressão Popular: São Paulo, 2007.