domingo, 2 de julho de 2017

GÊNIOS VS. CHARLATÕES: MILLÔR CONTRA FHC


INTRODUÇÃO DE JOÃO MONTI

No campo científico ou artístico, há dois tipos extremos: os gênios e os charlatões. Entre eles, acotovela-se a multidão dos medíocres. Embora seja equivocado estigmatizar, o gênio se enquadra bem no perfil popularizado pela ficção: é um sujeito excêntrico, abstraído do mundo, desinteressado pelas coisas cotidianas, desregrado e, de certa forma, guarda um quê de maluquice. O que faz o gênio ser gênio não é o trabalho exaustivo, metódico e disciplinado; mas aquele 1% de inspiração que falta aos outros. De nada adianta ao medíocre e ao charlatão exaustivas horas de estudo e trabalho se estes não tiverem – e eles de fato não têm – aquele bendito 1% de inspiração do gênio. Podem transpirar à vontade: 100%. Vão morrer secos! No caso específico dos medíocres, estes são os famosos CDFs, tão aferrados às regras do chefe e dos deveres da lição de casa: pobrezinhos, nunca dão em nada. Aliás, ambos, tanto o medíocre como charlatão, podem trabalhar muito, muitíssimo, por anos a fio e, tão certo como o dia vai nascer, nunca vão propor durante toda sua carreira uma só ideia interessante. Não é o que ocorre em absoluto com o gênio, que, do nada, pode conceber um pensamento capaz de mudar o mundo. É o famoso “eureka!”, exclusividade dessa coisa meio indefinível que se chama genialidade. A obra do gênio é a obra-prima, fica para sempre. O gênio será sempre lembrado por seus feitos, não pelo elogio de si mesmo que, porventura, poderia fazer, como recorrentemente faz o charlatão. Os outros, o medíocre e o charlatão, serão esquecidos assim que se aposentarem, não passam de sua própria geração (geralmente alunos ávidos por uma bolsa de pesquisa), ou serão lembrados por sua insignificância. O charlatão, sabedor de sua redundante mediocridade, mas ganancioso que é, procura suprir sua falta de gênio (o tal do 1% ao qual nos referimos e que realmente faz uma baita diferença), procura suprir sua falta de gênio através da política, ou melhor, da politicagem. É aí que o velhaco tem liberdade para agir de modo inescrupuloso, esgueirando-se pelos bastidores, comprando e vendendo apoio, para angariar prestígio pessoal. O gênio não liga para isso, faz o seu trabalho, e é incompreendido pelos medíocres, que, normalmente, lhe invejam, embora não confessem jamais. Por isso, os medíocres vão isolar o gênio, vão desclassificá-lo, depreciá-lo, taxá-lo de lunático, talvez até expulsá-lo, porque o gênio os faz perceber como são tão e irremediavelmente medíocres. Enquanto isso, o charlatão continua incansável nas sombras, barganhando favores, chantageando, até concentrar em suas mãos poder demasiado e imerecido. Na verdade, há muito ele abandonou a ciência ou arte, seu trabalho é meramente protocolar, atua deveras somente na burocracia. A burocracia, eis o habitat natural do medíocre e do charlatão! É aí onde eles se sentem mais à vontade, chafurdando em sua pequenez. Porém, enquanto o charlatão se destaca, devido às suas práticas antiéticas, o medíocre fica pelo meio do caminho. O medíocre é honesto demais. Evidentemente, não é o caso do vil charlatão, que faz da falsidade a condição de seu sucesso. Pois o charlatão é tão sórdido e sem limites, que, para atingir seus objetivos, frequentemente, ao corromper, trair, mentir etc. e tal, acaba por conquistar posições importantes na hierarquia institucional. Daí o fato de receber prêmios das mais diversas organizações, todas elas corruptas. Pode ser até analfabeto, mas não raro é agraciado com importantes prêmios literários! O que prova que não só o Nobel é uma fraude, mas 99,9999...% dos concursos de premiação que existem por aí, também. Sim, não só o esporte e a música pop vivem de jabá, a ciência e a arte estão repleta dele. Mas isso não importa, o charlatão sorri, cínica e exitosamente, e é bajulado por uma horda de puxa-sacos que não se cansa de elogiá-lo, de chamá-lo de gênio!!! Por outro lado, o gênio, ignorado por todos, não desanima, é um obstinado, conhece o seu valor e o valor de sua obra, vai em frente, solitário. Sim, uma hora vem a história, justiceira implacável, e passa como um trator em cima do medíocre e do charlatão, não restando nem um traque deles. Para, porém, respeitosa, diante do gênio, se curvar.

A inspiração para escrever este texto veio de dois fatores que descrevo a seguir. Um diz respeito às intrigas do Departamento de Geografia da USP, no qual convivi durante muito tempo e farei um breve comentário. O outro, refere-se ao texto abaixo, do qual também farei breve considerações.

Quando se conhece melhor o Departamento mencionado (acredito que pode se generalizar a outros departamentos também), e isso só se dá totalmente na pós-graduação, aprende-se que existem alguns grupos de pessoas, capitaneados por uma aliança de professores e sua tropa de pós-graduandos, que disputam ferrenhamente o poder departamental. O embate, no entanto, nunca é direto. Primeiro, são as piadinhas, o comentário espirituoso, a ironia, as insinuações, o falar por trás. Disso decorre uma séria de práticas sorrateiras, combinações insidiosas, conluios, culminando, enfim, num jogo extremamente sujo que a princípio não conviria a pessoas de tão alta instrução cultural. O problema é que quanto mais se disputa poder na burocracia, menos a produção acadêmica ou artística é relevante.

Gostaria de deixar registrado um exemplo concreto, pois, para a minha perplexidade, a iniciativa veio de alunos de pós-graduação! Lembro-me de que o grupo dos kurzianos passou a participar das comissões de avaliação de projeto de pesquisa justamente para pleitearem melhor classificação aos seus colegas de grupo no ranking de bolsa de estudo! Não só isso, lançavam-se a RD e, para serem eleitos, como de fato foram, aparelhavam assembleia (algo que sempre criticavam no movimento estudantil), ao mesmo tempo em que deslegitimavam a greve de trabalhadores por reajuste salarial. Tudo isso, para usar os termos deles, “para marcar posição”.

O segundo fator é sobre um texto muito divulgado na internet mas que fiz questão de publicar neste blog e que mostra como um gênio desmascara com simplicidade ímpar um charlatão tão pomposo que chega a dar náuseas. O gênio é o escritor Millôr Fernandes. O charlatão é o político Fernando Henrique Cardoso. FHC – juntamente com Enzo Faleto – é injustamente considerado o teórico da “teoria da dependência”. Na verdade, FHC apenas elaborou uma apologia da dependência – tal como atuou na política, esvaziando todo conteúdo crítico feito por teóricos pioneiros da "dependência", como Vânia Bambirra, Andrew Gunder Frank, Ruy Mauro Marini, entre outros. O fato é que, ao contrário de seu mestre, Florestan Fernandes, FHC não é e nunca será bibliografia obrigatória. Sua verdadeira face é a de um coronel udnista truculento, autoritário, patriarcal e avesso à modernidade.

Mas, já me alonguei demais, fiquemos agora com um tira gosto deste fantástico escritor que foi Millôr Fernandes e suas engraçadíssimas e verdadeiras lições sobre FHC.

Em tempo (1): Por que não indicar Michel Temer para uma cadeira na ABL? Tem tudo a ver! (Evidentemente, Machado de Assis não tem culpa nenhuma disso aí. Ah, se ele soubesse no que ia dar! Ah, se ele soubesse!!!).

Em tempo (2): Quando peguei "Casa Grande & Senzala" e li, no título do prefácio de FHC, "Um livro perene", fechei o livro naquele mesmo instante e rapidamente procurei a edição prefaciada por Dary Ribeiro (cujo prefácio, segundo minha ex-orientadora, é melhor do que o livro). FHC provavelmente deve ter um dicionário de sinônimos que lhe deve servir para trocar palavras do uso cotidiano por termos, digamos assim, tão pomposos quanto ele. Já descrevi neste blog como esta é uma tática típica daqueles que não tem nada para dizer. É o que eu chamo de fetichismo da postura e da linguagem acadêmica, ardil para iludir incautos que se impressionam com pedantes de vocabulário difícil e texto obscuro. Para esse tipo de gente, a verdade está tão oculta, mais tão oculta, que já nem está neste mundo, e somente hieroglifos que surgem inventados da cabeça de um professor profeta podem decifrá-la sem jamais explicar. Haja!
*****



O PENSAMENTO DE FHC ANALISADO POR MILLÔR FERNANDES

LIÇÃO PRIMEIRA

De uma coisa ninguém podia me acusar — de ter perdido meu tempo lendo FhC (superlativo de PhD).

Achava meu tempo melhor aproveitado lendo o Almanaque da Saúde da Mulher.

Mas quando o homem se tornou vosso Presidente, achei que devia ler o Mein Kampf (Minha Luta, em tradução literal) dele, quando lutava bravamente, no Chile, em sua Mercedes (“A mais linda Mercedes azul que vi na minha vida”, segundo o companheiro Weffort, na tevê, quando ainda não sabia que ia ser Ministro), e nós ficávamos aqui, numa boa, papeando descontraidamente com a amável rapaziada do Dops-DOI-CODI.

Quando, afinal, arranjei o tal Opus Magno — Dependência e Desenvolvimento na América Latina — tive que dar a mão à palmatória.

O livro é muito melhor do que eu esperava.

De deixar o imortal Sir Ney morrer de inveja.

Sem qualquerpartipri, e sem poder supervalorizar a obra, transcrevo um trecho, apanhado no mais absoluto acaso, para que os leitores babem por si:

“É evidente que a explicação técnica das estruturas de dominação, no caso dos países latino-americanos, implica estabelecer conexões que se dão entre os determinantes internos e externos, mas essas vinculações, em que qualquer hipótese, não devem ser entendidas em termos de uma relação “casual-analítica”, nem muito menos em termos de uma determinação mecânica e imediata do interno pelo externo. Precisamente o conceito de dependência, que mais adiante será examinado, pretende outorgar significado a uma série de fatos e situações que aparecem conjuntamente em um momento dado e busca-se estabelecer, por seu intermédio, as relações que tornam inteligíveis as situações empíricas em função do modo de conexão entre os componentes estruturais internos e externos. Mas o externo, nessa perspectiva, expressa-se também como um modo particular de relação entre grupos e classes sociais de âmbito das nações subdesenvolvidas. É precisamente por isso que tem validez centrar a análise de dependência em sua manifestação interna, posto que o conceito de dependência utiliza-se como um tipo específico de “causal-significante’ — implicações determinadas por um modo de relação historicamente dado e não como conceito meramente “mecânico-causal”, que enfatiza a determinação externa, anterior, que posteriormente produziria ‘consequências internas’.”

Concurso – E-mail:

Qualquer leitor que conseguir sintetizar, em duas ou três linhas (210 toques), o que o ociólogo preferido por 9 entre 10 estrelas da ociologia da Sorbonne quis dizer com isso, ganhará um exemplar do outro clássico, já comentado na primeira parte desta obra: Brejal dos Guajas — de José Sarney.

LIÇÃO SEGUNDA

Como sei que todos os leitores ficaram flabbergasted (não sabem o que quer dizer? Dumbfounded, pô!) com a Lição primeira sobre Dependência e Desenvolvimento da América Latina, boto aqui outro trecho — também escolhido absolutamente ao acaso — do Opus Magno de gênio da “profilática hermenêutica consubstancial da infraestrutura casuística”, perdão, pegou-me o estilo.

Se não acreditam que o trecho foi escolhido ao acaso, leiam o livro todo. Vão ver o que é bom!

Estrutura e Processo: Determinações Recíprocas

“Para a análise global do desenvolvimento não é suficiente, entretanto, agregar ao conhecimento das condicionantes estruturais a compreensão dos ‘fatores sociais’, entendidos estes como novas variáveis de tipo estrutural. Para adquirir significação, tal análise requer um duplo esforço de redefinição de perspectivas: por um lado, considerar em sua totalidade as ‘condições históricas particulares’ — econômicas e sociais — subjacentes aos processos de desenvolvimento no plano nacional e no plano externo; por outro, compreender, nas situações estruturais dadas, os objetivos e interesses que dão sentido, orientam ou animam o conflito entre os grupos e classes e os movimentos sociais que ‘põem em marcha’ nas sociedades em desenvolvimento. Requer-se, portanto, e isso é fundamental, uma perspectiva que, ao realçar as mencionadas condições concretas — que são de caráter estrutural — e ao destacar os móveis dos movimentos sociais — objetivos, valores, ideologias —, analise aquelas e estes em suas relações e determinações recíprocas. (…) Isso supõe que a análise ultrapasse a abordagem que se pode chamar de enfoque estrutural, reintegrando-a em uma interpretação feita em termos de ‘processo histórico’ (1). Tal interpretação não significa aceitar o ponto de vista ingênuo, que assinala a importância da sequência temporal para a explicação científica — origem e desenvolvimento de cada situação social — mas que o devir histórico só se explica por categorias que atribuam significação aos fatos e que, em consequência, sejam historicamente referidas.

(1) Ver, especialmente, W. W. Rostow, The Stages of Economic Growth, A Non-Communist Manifest, Cambridge, Cambridge University Press, 1962; Wilbert Moore, Economy and Society, Nova York, Doubleday Co., 1955; Kerr, Dunlop e outros, Industrialism and Industrial Man, Londres, Heinemann, 1962.”

Comentário do Millôr, intimidado:

A todo momento, conhecendo nossa precária capacitação para entender o objetivo e desenvolvimento do seu, de qualquer forma, inalcançável saber, o professor FhC faz uma nota de pata de página.

Só uma objeçãozinha, professor.

Comprei o seu livro para que o senhor me explicasse sociologia.

Se não entendo o que diz, em português tão cristalino, como me remete a esses livros todos? Em inglês!

Que o senhor não informa onde estão, como encontrar.

E outra coisa, professor, paguei uma nota preta pelo seu tratado, sou um estudante pobre, não tenho mais dinheiro.

Além do que, confesso com vergonha, não sei inglês.

Olha, não vá se ofender, me dá até a impressão, sem qualquer malícia, que o senhor imita um velho amigo meu, padre que servia na Paróquia de Vigário-Geral, no Rio.

Sábio, ele achava inútil tentar explicar melhor os altos desígnios de Deus pra plebe ignara do pequeno burgo e ensinava usando parábolas, epístolas, salmos e encíclicas.

E me dizia: “Millôr, meu filho, em Roma, eu como os romanos. Sendo vigário em Vigário-Geral, tenho que ensinar com vigarice”.

LIÇÃO TERCEIRA

Há vezes, e não são poucas, em que FhC atinge níveis insuperáveis.

Vejam, pra terminar esta pequena explanação, este pequeno trecho ainda escolhido ao acaso.

Eu sei, eu sei — os defensores de FhC, a máfia de beca, dirão que o acaso está contra ele. Mas leiam:

“É oportuno assinalar aqui que a influência dos livros como o de Talcot Parsons, The Social System, Glencoe, The Free Press, 1951, ou o de Roberto K. Merton, Social Theory and Social Structure, Glencoe, The Free press, 1949, desempenharam um papel decisivo na formulação desse tipo de análise do desenvolvimento. Em outros autores enfatizaram-se mais os aspectos psicossociais da passagem do tradicionalismo para o modernismo, como em Everett Hagen, On the Theory of Social Change, Homewood, Dorsey Press, 1962, e David MacClelland, The  Achieving Society, Princeton, Van Nostrand, 1961. Por outro lado, Daniel Lemer, em The Passing of Traditional Society: Modernizing the Middle East, Glencoe, The Free Press, 1958, formulou em termos mais gerais, isto é, não especificamente orientados para o problema do desenvolvimento, o enfoque do tradicionalismo e do modernismo como análise dos processos de mudança social”.

Amigos, não é genial? Vou até repetir pra vocês gozarem (no bom sentido) melhor: “formulou (em termos mais gerais, isto é, não especificamente orientados para o problema do desenvolvimento) o enfoque (do tradicionalismo e do modernismo) como análise (dos processos de mudança social)”.

Formulou o enfoque como análise!

É demais! É demais! E sei que o vosso sábio governando, nosso FhC, espécie de Sarney barroco-rococó, poderia ir ainda mais longe.

Poderia analisar a fórmula como enfoque.

Ou enfocar a análise como fórmula.

É evidente que só não o fez em respeito à simplicidade de estilo.

Tópico avulso sobre imodéstia e pequenos disparates do eremita preferido dos Mamonas Assassinas.

Vaidade todos vocês têm, não é mesmo? Mas há vaidades doentias, como as das pessoas capazes de acordar às três da manhã para falar dois minutos num programa de tevê visto por exatamente mais ou menos ninguém.

Há vaidades patológicas, como as de Madonas e Reis do Roque, só possíveis em sociedades que criaram multidões patológicas.

Mas há vaidades indescritíveis.

Vaidade em estado puro, sem retoque nem disfarce, tão vaidade que o vaidoso nem percebe que tem, pois tudo que infla sua vaidade é para ele coisa absolutamente natural. Quem é supremamente vaidoso, se acha sempre supremamente modesto.

Esse ser existe materializado em FhC (superlativo de PhD). Um umbigo delirante.

O que me impressiona é que esse homem, que escreve mal — se aquilo é escrever bem o meu poodle é bicicleta — e fala pessimamente — seu falar é absolutamente vazio, as frases se contradizem entre si, quando uma frase não se contradiz nela mesma, é considerado o maior sociólogo brasileiro.

Nunca vi nada que ele fizesse (Dependência e Desenvolvimento na América Latina, livro que o elevou à glória, é apenas um Brejal dos Guajas, mais acadêmico) e dissesse que não fosse tolice primária.

“Também tenho um pé na cozinha”, “(os brasileiros) são todos caipiras”, “(os aposentados) são uns vagabundos”, “(o Congresso) precisa de uma assepsia”, “Ser rico é muito chato”, “Todos os trabalhadores deviam fazer checape”, “Não vou transformar isso (a moratória de Itamar) num fato político”. “Isso (a violência, chamada de Poder Paralelo) é uma anomia”. E por aí vai.

Pra não lembrar o vergonhoso passado, quando sentou na cadeira da prefeitura de São Paulo, antes de ser derrotado por Jânio Quadros, segundo ele “um fantasma que não mete mais medo a ninguém”.

Eleito prefeito, no dia seguinte Jânio Quadros desinfetou a cadeira com uma bomba de Flit.

E, sempre que aproxima mais o país do abismo no qual, segundo a retórica política, o Brasil vive, esse FhC (superlativo de PhD) corre à televisão e deita a fala do trono, com a convicção de que, mais do que nunca, foi ele, the king of the black sweetmeat made of coconuts (o rei da cocada preta), quem conduziu o Brasil à salvação definitiva e à glória eterna.

E que todos querem ouvi-lo mais uma vez no Hosana e na Aleluia. Haja!

Millôr Fernandes, em "Crítica da razão impura ou o primado da ignorância".