sexta-feira, 1 de novembro de 2024

A Revolução Russa e os Anarquistas


A ânsia de destruir é também o impulso de criar”. Bakunin escreveu estas palavras em 1842, e os anarquistas russos ansiaram sempre por uma revolução social que varresse a ordem czarista e inaugurasse o advento do milênio que seria destituído de Estado. Em fevereiro de 1917, este sonho, há muito acalentado, parecia finalmente tornar-se realidade. Quando a rebelião irrompeu em Petrogrado e reduziu a monarquia a pó, os anarquistas saudaram-na jubilosamente como a sublevação espontânea das massas que Bakunin tinha previsto cerca de setenta e cinco anos antes. A revolução convenceu-os de que a Idade do Ouro havia chegado e que deviam se lançar à tarefa de eliminar o que restava do Estado e transferir as terras e as fábricas para o controle do povo.

Em questão de semanas, foram criadas federações anarquistas em Petrogrado e Moscou, com o objetivo de transformar as capitais irmanadas em comunas igualitárias, tendo por base um modelo idealizado e consagrado pela lenda que os anarquistas faziam da Comuna de Paris de 1871. “Da Revolução Social à Comuna Anarquista” eram suas palavras de ordem – uma revolução destinada a demover o governo e a propriedade, as prisões e os quartéis, o dinheiro e os lucros, para posteriormente inaugurar uma sociedade sem Estado, fundada na cooperação voluntária de indivíduos livres. “Salve a anarquia! Parasitas, governantes e sacerdotes enganadores, tremerão!” [1]

À medida que a revolução ganhava impulso, o movimento espalhava-se rapidamente para outras cidades e vilas. Na maioria dos locais, os grupos anarquistas enquadravam-se em três categorias: anarquistas comunistas, anarcossindicalistas e anarquistas individualistas. Os anarcocomunistas, inspirandos em Bakunin e Kropotkin, imaginaram uma federação livre de comunidades na qual cada membro seria recompensado de acordo com suas necessidades. Projetando o advento do milênio num espelho romântico, que refletia uma Rússia pré-industrial de comunas agrícolas e cooperativas artesanais, eles viam pouca utilidade na indústria de grande escala ou nas organizações laborais burocráticas. Na turbulência que se seguiu à Revolução de Fevereiro, seus militantes confiscaram uma série de residências privadas - as mais importantes foram a dacha de P. P. Durnovo, em Petrogrado, e o antigo Clube dos Mercadores em Moscou (rebatizado de Casa da Anarquia) – para transformá-las em sede de suas comunas igualitárias.

Os anarcossindicalistas, por outro lado, depositaram suas esperanças nos comitês de fábrica como células da futura sociedade libertária. A perspectiva de um novo mundo centrado na produção industrial não os repelia em nada. Na verdade, por vezes exibiam uma devoção quase futurista ao culto da máquina. A admiração deles era a mesma dos ocidentalizadores pelo progresso tecnológico, em contraste com a era irrecuperável que talvez nunca tivesse existido manifesta no anseio eslavófilo dos anarquistas comunistas. No entanto, os sindicalistas não cederam a uma adoração acrítica da produção em massa. Profundamente influenciados por Bakunin e Kropotkin, anteciparam o perigo que a tecnocracia industrial significava ao desenvolvimento de uma sociedade descentralizada em organizações laborais nas quais os trabalhadores pudessem verdadeiramente ser donos do seu próprio destino. Com o seu slogan de “trabalhadores no controle”, os sindicalistas passaram a exercer uma influência nos comitês de fábrica bastante desproporcional ao seu pequeno número. Mas pelo fato de repudiaram um aparelho partidário centralizado dominante, nunca estiveram em posição de liderar a classe trabalhadora em grande escala. No final, coube aos bolcheviques, que estavam equipados não só com uma organização partidária eficaz, mas também com uma vontade consciente de poder que faltava aos sindicalistas, conquistar a lealdade dos trabalhadores industriais nos comitês de fábrica e nos sindicatos.

Os anarquistas individualistas rejeitaram tanto a questão comunal agrário-camponesa quanto a possibilidade de ficarem presos às engrenagens e alavancas de uma máquina industrial centralizada. Suspeitam das comunas dos anarquistas comunistas como das organizações operárias dos sindicalistas. Acreditavam que apenas indivíduos desorganizados estavam a salvo da coerção e da dominação, o que lhes permitiriam permanecer fiéis aos ideais do anarquismo. Seguindo o exemplo de Nietzsche e Max Stirner, exaltavam o “Eu” individual acima das reivindicações coletivas e, em alguns casos, exibiram um estilo distintamente aristocrático de pensamento e ação. O anarco-individualismo atraiu um pequeno séquito de artistas e intelectuais boêmios e, ocasionalmente, bandidos solitários que encontraram expressão para sua exclusão social na violência e no crime, transformando o assassinato em uma forma última de autoafirmação e fuga definitiva do tecido discriminatório da sociedade organizada. Aqui e ali, pelo contrário, grupos tolstoianos pregavam o evangelho da não violência cristã e, embora tivessem poucos laços com os anarquistas revolucionários, o seu impacto moral no movimento foi considerável.

Para todos os grupos anarquistas – anarquistas comunistas, anarcossindicalistas, individualistas – as grandes esperanças despertadas pela Revolução de Fevereiro rapidamente se transformaram em amarga decepção. A monarquia foi derrubada e, ainda assim, o Estado permaneceu de pé. O que aconteceu em fevereiro? perguntou um jornal anarquista em Rostov-on-Don. “Nada de especial. No lugar de Nicolau, o Sanguinário, subiu ao trono Kerensky, um novo Sanguinário” [2]. Os anarquistas não poderiam descansar até que o Governo Provisório, tal como o seu antecessor czarista, fosse também derrubado. Em pouco tempo, encontraram um ponto em comum com os seus adversários ideológicos, os bolcheviques, o outro grupo radical na Rússia que pressionava pela destruição imediata do Estado “burguês”.

A intensa hostilidade sentida pelos anarquistas em relação a Lenin dissipou-se rapidamente à medida que 1917 avançava. Impressionados por uma série de declarações ultrarradicais que Lenin vinha fazendo desde o seu regresso à Rússia, alguns anarquistas passaram a acreditar que o líder bolchevique tinha tirado a sua camisa de força do marxismo e vestido uma nova teoria da revolução, bastante semelhante à dos anarquistas. As Teses de Abril de Lenin, por exemplo, continham uma série de proposições iconoclastas que os pensadores anarquistas há muito acalentavam: a transformação da guerra “imperialista predatória” numa luta revolucionária contra a ordem capitalista; a renúncia ao governo parlamentar em favor de um regime de sovietes inspirado na Comuna de Paris; a abolição da polícia, do exército e da burocracia; o nivelamento dos salários [3]. Embora a preocupação de Lenin com a tomada do poder tenha feito com que alguns hesitassem, não foram poucos os anarquistas que consideraram as suas opiniões suficientemente harmoniosas com as suas, para servirem de base para uma possível cooperação. Quaisquer que fossem as suspeitas que ainda nutriam, foram, por ora, colocadas de lado. O apelo de Lenin por “uma ruptura e uma revolução mil vezes mais poderosa que a de fevereiro” [4] tinha um tom distintamente bakuninista e era precisamente o que a maioria dos anarquistas queria ouvir. Na verdade, um líder anarquista em Petrogrado estava convencido de que Lenin pretendia inaugurar o anarquismo quando propôs “definhar o Estado” no momento em que o controle estatal passasse para as mãos dos revolucionários [5].

Assim aconteceu que, durante os oito meses que separaram as duas revoluções de 1917, tanto anarquistas como bolcheviques concentraram todos os seus esforços sobre o mesmo objetivo: a destruição do governo provisório. Embora persistisse um certo grau de cautela em ambos os lados, um anarquista proeminente observou que na maioria das questões vitais existia “um paralelismo perfeito” entre os dois grupos [6]. Os seus slogans – “Abaixo a guerra! Abaixo o governo provisório! Trabalhadores no controle das fábricas! A terra para os camponeses!” – uniram outrora antagonistas sob um propósito comum. Quando um conferencista marxista disse a uma plateia de trabalhadores fabris em Petrogrado que os anarquistas estavam perturbando a solidariedade do trabalhador russo, um ouvinte irado gritou: “Já chega! Os anarquistas são nossos amigos!” Uma segunda voz, porém, foi ouvida murmurando: “Deus nos salve desses amigos!” [7]

Embora os anarquistas e os bolcheviques estivessem unidos na sua determinação de derrubar o governo provisório, surgiu uma discórdia entre eles quanto à questão do momento certo para isso. Durante a primavera e o verão de 1917, os militantes anarquistas comunistas na capital e em Kronstadt pressionaram por um levante imediato, enquanto o comitê bolchevique de Petrogrado argumentava que o momento ainda não estava maduro, que uma rebelião indisciplinada dos anarquistas e das bases bolcheviques poderia ser facilmente esmagada, causando danos irreparáveis ao partido e à revolução. Os anarcocomunistas, no entanto, não tinham qualquer interesse em contemporizar com qualquer grupo político, incluindo os bolcheviques. Impacientes pelo advento do milênio, avançaram com os seus planos para uma insurreição armada. Os agitadores anarquistas exortaram o povo à revolta sem mais demora, assegurando-lhe que não era necessário nenhum apoio de organizações políticas, “pois a Revolução de Fevereiro também ocorreu sem a liderança de um partido” [8].

Os anarquistas não tiveram que esperar muito. Em 3 de julho, multidões de soldados, marinheiros de Kronstadt e trabalhadores irromperam em uma rebelião aberta na capital, exigindo que o soviete de Petrogrado assumisse o poder (embora os anarquistas entre eles estivessem mais interessados em destruir o Estado do que em transferir as rédeas da autoridade para o soviéticos). O soviete de Petrogrado, contudo, recusou-se a apoiar a insurgência extemporânea e, após alguns dias de distúrbios esporádicos, os desordeiros foram enfim reprimidos. Seria um exagero chamar as Jornadas de Julho de uma “criação anarquista”, como fez um orador numa conferência anarquista em 1918 [9]. Por outro lado, o papel dos anarquistas não deve ser minimizado. Juntamente com os militantes da base bolchevique e os radicais apartidários, agiram como moscas, incitando os soldados, os marinheiros e os trabalhadores a uma revolta de antemão abortada.

Na sequência das Jornadas de Julho, os receios do comitê bolchevique concretizaram-se em parte, pois os líderes do partido foram presos ou forçados a esconder-se. Os bolcheviques, porém, estavam longe de ser esmagados. Na verdade, em outubro eles eram suficientemente fortes para lançar a sua insurreição bem sucedida contra o regime de Kerensky, uma insurreição na qual os anarquistas estavam mais uma vez entre os participantes mais entusiásticos. (Havia pelo menos quatro membros anarquistas do Comitê Militar Revolucionário, dominado pelos bolcheviques, que arquitetou o golpe de Estado de 25 de outubro). Esquecendo-se das pregações de Bakunin e Kropotkin contra os golpes políticos, os anarquistas participaram da tomada de poder, apoiados na crença de que o poder uma vez capturado seria de algum modo eliminado.

Porém, mal se passou um dia, antes que eles pudessem reconsiderar tal ideia. Em 26 de outubro, quando os bolcheviques proclamaram um “governo soviético” e criaram um Conselho Central de Comissários do Povo (Sovnarkom), composto exclusivamente por membros do seu próprio partido, os anarquistas recordaram das advertências de Bakunin e Kropotkin, de que a “ditadura do proletariado” significaria na verdade “a ditadura do partido socialdemocrata” [10]. Imediatamente começaram a protestar, argumentando que um tipo de concentração do poder político como esse destruiria a revolução social iniciada em fevereiro. O sucesso da revolução, insistiram, dependia da descentralização da autoridade política e econômica. Portanto, oss sovietes e os comitês de fábrica deveriam continuar a ser unidades descentralizadas, livres do domínio dos chefes do partido ou dos chamados comissários do povo. Caso contrário, se algum grupo político tentar convertê-los em instrumentos de coerção, o povo deve estar pronto para pegar em armas mais uma vez [11].

Os círculos anarquistas em Petrogrado logo estavam fervilhando de conversas de “uma terceira e última etapa da revolução”, uma luta final entre “o poder socialdemocrata e o espírito criativo das massas, entre os sistemas autoritários e libertários, entre o princípio marxista e o princípio anarquista” [12]. Havia murmúrios ameaçadores entre os marinheiros de Kronstadt no sentido de que, se o novo Sovnarkom ousasse trair a revolução, os canhões que tomaram o Palácio de Inverno também tomariam o Smolny (sede do governo bolchevique). “Onde a autoridade começa, a revolução acaba!” [13]

As queixas dos anarquistas acumularam-se rapidamente. Em 2 de novembro, o novo governo publicou uma Declaração dos Direitos dos Povos da Rússia, que afirmava o “direito inalienável” de cada nacionalidade de expressar a sua autodeterminação através do estabelecimento de um Estado independente; o que representava um retrocesso em relação ao ideal internacionalista e apátrida. Na primavera de 1918, uma nova polícia política, a Tcheka, foi criada; a terra foi nacionalizada; os comitês de fábrica foram subordinados a uma autoridade; os sindicatos controlados pelo Estado – em suma, um “Estado-comissário” havia sido erguido, “a úlcera do nosso tempo”, como a Associação Anarquista Comunista de Kharkov o descreveu amargamente [14]. De acordo com um panfleto anarquista anônimo desse período, a concentração de autoridade nas mãos do Sovnarkom, da Tcheka e do Vesenkha (Conselho Econômico Supremo) havia cortado toda a esperança de uma Rússia livre: “O bolchevismo, dia após dia, passo a passo, prova que o poder do Estado possui características inalienáveis; pode mudar o seu rótulo, a sua “teoria” e os seus servidores, mas, em essência, apenas permanece o mesmo poder e despotismo sob novas formas” [15].

A Comuna de Paris, outrora invocada como a sociedade ideal para substituir o governo provisório, tornou-se agora a resposta anarquista à ditadura de Lenin. Os trabalhadores industriais foram instruídos a “rejeitar as palavras, ordens e decretos dos comissários” e criar suas próprias comunas libertárias segundo o modelo de 1871 [16]. Ao mesmo tempo, os anarquistas fomentavam igual desprezo pelo “fetichismo parlamentar” dos cadetes, socialistas revolucionários e mencheviques. Não menos simbólico foi o fato de que, em janeiro de 1918, a Assembleia Constituinte foi encerrada em um único dia por um destacamento liderado por um marinheiro anarquista de Kronstadt, Anatolii Zhelezniakov [17].

A torrente de invectivas contra o governo soviético atingiu o auge em fevereiro de 1918, quando os bolcheviques retomaram as negociações de paz com os alemães em Brest-Litovsk. Os anarquistas juntaram-se a outros “internacionalistas” dos SRs de esquerda, internacionalistas mencheviques, comunistas – para protestar contra qualquer acomodação com o “imperialismo” alemão. Os anarquistas responderam que os exércitos profissionais se encontravam obsoletos em qualquer caso, que a defesa da revolução era agora a missão das massas populares organizadas em destacamentos partidários, um líder anarquista-comunista, Aleksandr Ge, pronunciou-se veementemente contra a conclusão do tratado de paz: “Os anarquistas comunistas conclamam o terror e a guerra partidária em duas frentes. É melhor morrer pela revolução socialista mundial do que viver sob a tutela de um acordo com o imperialismo alemão” [18]. Os anarcocomunistas e os seus camaradas sindicalistas argumentavam que bandos de guerrilheiros, organizados espontaneamente nas localidades, iriam perseguir e desmoralizar os invasores, acabando por destruí-los, tal como o exército de Napoleão foi derrocado em 1812. Volin, um líder sindicalista, esboçou esta estratégia em termos vívidos: “A tarefa toda é aguentar, resistir, para não ceder; lutar, para travar uma guerra partidária implacável – aqui, ali e em todo lugar. Avançar ou recuar, para destruir, atormentar, assediar, atacar o inimigo [19].

Mas os apelos dos anarquistas caíram em ouvidos moucos. O tratado de Brest-Litovsk, ainda mais duro do que Ge e Volin temiam, foi assinado pela delegação bolchevique em 3 de março de 1918. Lenin insistiu que o acordo, por mais severo que fosse, proporcionava um período de respiro desesperadamente necessário que permitiria a seu partido a consolidação da revolução e depois levá-la adiante. Para os anarquistas indignados, contudo, o tratado foi uma capitulação humilhante às forças da reação, uma traição à revolução mundial. Foi de fato uma “paz obscena”, disseram eles, ecoando as palavras do próprio Lenin [20]. Quando o Quarto Congresso dos Sovietes se reuniu em 14 de março para ratificar o tratado, Aleksandr Ge e os seus colegas delegados anarquistas (eram 14 no total) votaram com a oposição [21].

A disputa sobre o tratado de Brest-Litovsk trouxe à tona o crescente distanciamento entre anarquistas e o partido bolchevique. Com a derrubada do Governo Provisório em outubro de 1917, o casamento de conveniência atingiu a sua meta. Na primavera de 1918, a maioria dos anarquistas tinha ficado suficientemente desiludida com Lenin para procurar uma ruptura completa, enquanto os bolcheviques, por sua vez, começaram a contemplar a supressão dos seus antigos aliados, que tinham sobrevivido à sua utilidade e cujas críticas incessantes eram um incômodo ao novo regime, que não se podia mais tolerar. Além disso, os anarquistas, para além dos seus irritantes ataques verbais, começavam a apresentar um perigo mais tangível. Em parte, na preparação da antecipada guerra de guerrilha contra os alemães e, em parte, para desencorajar manobras hostis por parte do governo soviético, os clubes anarquistas locais vinham organizando destacamentos de “Guardas Negros” (a bandeira preta era o emblema anarquista), armados com rifles, pistolas e granadas.

Uma ruptura aberta ocorreu em abril de 1918, quando a Tcheka lançou uma campanha para remover as células anarquistas mais perigosas de Moscou e Petrogrado. Em protesto, os anarquistas denunciaram os bolcheviques como uma casta de intelectuais egoístas que traíram as massas e a revolução. O poder político, declararam, sempre corrompe aqueles que o exercem, roubando a liberdade do povo. Mas se a Idade do Ouro estava escapando de seu alcance, os anarquistas recusavam-se a se desesperar. Agarraram-se tenazmente à crença de que, em última análise, a sua visão de uma utopia sem Estado triunfaria. “Continuemos a lutar”, proclamaram, “e o nosso lema será: A Revolução está morta! Viva a Revolução” [22].

Paul Avrich, Os Anarquistas na Revolução Russa. In: Russian Review, Volume 26, Edição 4 (10/1967), 341-350.

Tradução: Jean Fecaloma

Notas

[1] Volnyi Kronshtadt, 12 de outubro de 1917, p. 4.

[2] Anarkhist (Rostov), 22 de outubro de 1917, p. 3.

[3] V. I. Lenin, Sochineniya, 2º final., 31 vols., Moscou, 1931-35, XX, 76-83.

[4] Leninskii sbornik, 35 vols., Moscou, 1924-45, IV, 290.

[5] Bertram D. Wolfe, Introdução a John Reed, Ten Days That Shook the World, Nova York, 1960, p. xxxi.

[6] Voline, La Révolution inconnue (1917-1921), Paris, 1943, p. 185.

[7] Novaya Zhizn, 15 de novembro de 1917, p. 1.

[8] Leon Trotsky, The History of the Russian Revolution (13 vols. in 1). Ann Arbor, 1957, II, 82.

[9] Burevestnik, 11 de abril de 1918, p. 2.

[10] Svobodnaia Kommuna, 2 de outubro de 1917, p. 2.

[11] Golos Truda, 3 de novembro de 1917, p. 1.

[12] Voline, La Révolution inconnue, pp.

[13] Ibid., pág. 200; Golos Truda, 4 de novembro de 1917, p. 1.

[14] Bezolastie, março de 1918, p. 1.

[15] Velikii opyt (np, 1918).

[16] Burevestnik, 9 de abril de 1918, p. 2.

[17] Voline, La Révolution inconnue, p. 211.

[18] Pravda, 25 de fevereiro de 1918, p. 2.

[19] Volin, Revoluutsiya i anarkhizm, Kharkov, 1919, p. 127.

[20] Diktatura Bolchevique v svete anarkhizma, Paris, 1928, p. 10.

[21] Izvestiya VTSIK, 17 de março de 1918, p. 2; Lenin, Sochineniya, XXII, 618.

[22] G. P. Maximoff, The Guillotine at Work, Chicago, 1940, p. 23.