por Edgar Rodrigues*
Introdução
Os
acordos e colaborações dos anarquistas e sindicalistas ibéricos são um pouco
mais antigos do que o ano de 1923, quando se realizou em Évora, Portugal, a Conferência
das Organizações Operárias de Portugal e Espanha, e se discutiu e aprovou a
criação de um organismo de resistência e enfrentamento libertário aos políticos
e governantes da Península Ibérica. No Congresso Internacional contra a Guerra,
(1) realizado em Abril – Maio de 1915, por iniciativa do Ateneu Sindicalista do
Ferrol, Espanha, foi aprovado (sobre a guerra, o capitalismo e os políticos):
“1º.
Que se nomeie um Comitê Permanente do Congresso Internacional da Paz;
2º.
Que este Comitê, composto de cinco membros, tome à sua guarda os documentos do
Congresso arquivando-os, como subsídio para a história proletária;
3º.
Que este Comitê elabore todas as quinzenas uma alocução revolucionária escrita
nos idiomas falados nas nações beligerantes e as faça chegar por todos os meios
às trincheiras e aos campos de batalha;
Este
Comitê terá sua existência em Lisboa, Portugal.” (2) Sobre o proletariado
libertário português e espanhol foi apresentado e aprovado também no Congresso
do Ferrol:
“1º.
Que este Congresso nomeie um Comitê, composto por delegados de Espanha e
Portugal;
2º.
Que se trate de estreitar os laços de Solidariedade entre o proletariado de
ambos os países, dando-se assim a princípio à Organização da Federação Ibérica,
célula inicial da Federação Internacional, contra a guerra, contra todas as
guerras, contra a exploração capitalista e contra a tirania do Estado;
3º.
Que se combata por todos os meios, em especial por meio da imprensa e da
tribuna, a opinião burguesa e política na sua febre pelo aumento de armamentos
e pelo afã de conquistar territórios.” (3)
Gente que conheci e
ajudou a formar a Federação Anarquista Ibérica
No
Rio de Janeiro, década de cinquenta, conheci Manuel Peres, José Romero e Raul
Pereira dos Santos, na Rua dos Inválidos, moradia de Peres, durante a feitura
de pacotes do jornal Ação Direta, para enviar pelos correios aos assinantes.
Os
dois primeiros tinham nascido na Espanha, imigrantes no Brasil, desde o final
do século XIX. O último nascera em Lisboa e chegou nos anos de 1951-2.
Peres
e Romero chegaram ao Brasil crianças, com seus pais. Estudaram no Rio de
Janeiro, aprenderam suas profissões braçais e o anarquismo. Fizeram propaganda libertária,
ajudaram a publicar jornais de suas classes profissionais e anarquismo e, no
ano de 1919, foram presos por suas ideias e expulsos, por ordem do presidente Epitácio
Pessoa, para Espanha. (4)
Raul
havia sido preso em Lisboa, nos anos vinte, deportado pelo governo republicano
português para a Colônia de Timor, na época sob o domínio de Lisboa. Sem
processo formado, sem julgamento, como Peres e Romero, já vivia havia tempos
neste território quando foi embarcado num vapor cargueiro para ser julgado em tribunal
da capital portuguesa, e certamente condenado.
Durante
parada em porto espanhol para abastecimento, Raul fugiu, passando a viver
clandestinamente na Espanha. Filiou-se à C.N.T. (Confederação Nacional do
Trabalho) e pouco depois foi envolvido na Revolução Espanhola de 1936-1939.
Tomou parte na revolução ao lado dos anarquistas, juntamente com os militantes
portugueses José Rodrigues Reboredo, Vivaldo Fagundes, o médico Inocêncio
Câmara Pires, Germinal de Sousa e dezenas de exilados portugueses, à época, na
Espanha.
Com
a vitória dos militares espanhóis, Raul, e meio milhão de pessoas, com e sem
ideias, bateram na fronteira da França pedindo asilo político.
Durante
nosso encontro tive oportunidade de saber que Manuel Peres, José Romero e Raul
participaram dos movimentos anarquistas de Espanha e de Portugal. Os três
conheceram a ditadura do general espanhol Primo de Rivera, a ferocidade de sua
polícia e a do governante republicano português por força de um pacto entre os
dois malfeitores. (5)
Antes
desse pacto, os anarquistas de Portugal, quando perseguidos pelas autoridades
lusitanas, atravessaram a fronteira para o lado espanhol e passaram à
clandestinidade. Os espanhóis faziam o mesmo durante as perseguições policiais,
atravessando a fronteira de Portugal a pé e ficando a salvo, ajudados pela
solidariedade dos anarquistas dos dois países. (6)
Em
Lisboa, entre outros lugares que os fugitivos procuravam, tornou-se famoso o
quiosque A Boia, cuja senha era dar voltas ao local até ser interceptados por
quem ali estava encarregado de prestar solidariedade. Apresentados, conferidas
as “credenciais”, os fugitivos eram levados para locais seguros por
companheiros portugueses. Por este “quiosque” passou José Romero em 1920 e foi
encaminhado à Calçada do Combro, 38 — redação do diário dos trabalhadores
portugueses A Batalha (1919-1927), onde obteve trabalho e moradia.
José
Romero de espanhol só tinha o local de nascimento. Por isso pouco se demorou,
mas Peres chegou a trabalhar de marceneiro, participou da redação do jornal
Solidaridad Obrera, constituiu nova família: já tinha uma filha a quem dera o
nome de Aurora, quando precisou fugir da feroz perseguição da polícia de Primo
de Rivera, atravessando a fronteira para o lado português. Chegando a Lisboa
com a família procurou ajuda, e foi residir no Sindicato dos Marceneiros, à
Travessa Água de Flor, nº16, Lisboa.
Também
conseguiu trabalho de marceneiro e filiouse ao sindicato de sua classe
profissional e na UAP (União Anarquista Portuguesa).
Não
demorou muito e os anarquistas residentes em território português descobriram
que o ditador Primo de Rivera havia feito um pacto secreto com o governo
republicano português, espécie de polícia política instalada nos dois países:
sindicalistas e anarquistas que atravessavam a fronteira de Portugal ou da
Espanha eram caçados e levados para seus países de nascimento pelas polícias
portuguesa e espanhola, que tinham ordens para atuar em conjunto. Um tipo de
terrorismo que em 1925 ainda fazia vítimas e inquietava os anarquistas na Península
Ibérica.
E
foi este acordo de cooperação policial que permitiu à polícia espanhola e
portuguesa invadir a sede do Sindicato dos Marceneiros na Travessa de Água da
Flor para prender Manuel Peres, a família e o Dr. Pedro Vallina, no instante em
que este médico anarquista procedia ao parto da companheira de Peres. De armas
em punho, encontraram o médico anarquista com as mãos ensanguentadas ajudando
no nascimento da menina que veio a chamar-se Carmem. E foi o sangue do parto de
uma anarquista que fez os policiais recuarem e abandonarem o local sem os
deter. (7)
O
médico Pedro Valina e sua companheira, refugiados em Lisboa, logo que tiveram a
certeza que mãe e filhas estavam bem, fugiram para França. Peres, sua
companheira Mercedes e as duas filhas foram passadas clandestinamente por
companheiros também para França, dias mais tarde.
A Conferência das
Organizações Operárias de Portugal e Espanha, em Évora 1923, Portugal, e o
Congresso de Marselha, França, maio de 1926.
A
ferocidade da polícia sanguinária de Rivera e o pacto com o governo português
de ajuda policial produziam a convicção nos anarquistas e sindicalistas
ibéricos de que só a formação de um organismo constituído por anarquistas
portugueses e espanhóis dispostos a lutar de igual para igual, naquilo que
fosse possível, tornaria menos cruel o pacto dos governantes espanhol e
português.
A
polícia ibérica aliava-se para perseguir, prender, espancar e deportar
anarquistas e sindicalistas: os anarquistas e sindicalistas portugueses e
espanhóis pensaram fazer o mesmo! Criariam uma “força” libertária, ibérica,
para defender e resguardar os idealistas que estivessem sendo caçados: era a
lei do dente por dente, olho por olho.
Foi
esta a razão maior, o motivo premente, que convenceu o militante anarquista
português Manuel Joaquim de Sousa (8) a apresentar esboço de um projeto na
Conferência das Organizações Operárias e Espanholas de Évora em 1923, para
apreciação, debate e alterações, se fosse preciso, criando-se a Federação
Anarquista Ibérica e a Confederacion Iberica Del Trabajo.
O
propósito inicial, repito, era constituir agrupações dispostas a resistir e
enfrentar o acordo policial dos governantes português e espanhol que vinham
impedindo a marcha dos libertários ibéricos!
A
proposta apresentada recebeu a pronta concordância e apoio do militante
português José Santos Arranha e dos espanhóis, Manuel Peres, J. Ferrer
Alvarada, Sebastián Clara e outros nomes que não foram anotados na época por
questões de segurança.
Entre
a Conferência de Évora e o Congresso de Marselha, decorreram menos de três
anos. Neste período, o ditador Primo de Rivera fortaleceu sua caça aos
libertários, e as cisões sucediam-se na França entre exilados espanhóis,
provocando debates acalorados, acusações mútuas, alianças com políticos também
exilados. Enquanto o ditador e o governo português fortaleciam sua aliança, o
movimento anarquista enfraquecia.
Na
tentativa de refazer o caminho da concórdia, trinta companheiros marcam um
encontro em Marselha, visando formar um comitê de resistência de Regionais de
Grupos de espanhóis exilados em França.
Reunidos
no mês de maio de 1926, em Marselha, tiveram a pronta participação e
colaboração de: Armando Borgui, então secretário da AIT (Associação
Internacional dos Trabalhadores), acumulando o cargo de delegado da U.S. (União
Sindicalista Italiana); de Manuel Joaquim de Sousa, representando a C.G.T.
(Confederação Geral do Trabalho Portuguesa), encarregado de defender a sua
proposta apresentada na Conferência de Évora, dando vida ao Grupo de
Resistência Anarquista Ibérico, e Manuel Peres, ali representando a UAP,
apoiando desde o início a formação da FAI (Federação Anarquista Ibérica).
Das
polêmicas e mal entendidos iniciais “nasceu” um acordo de paz entre todos os
desavindos espanhóis, tendo como base principal a atuação revolucionária, livre
de vergonhosos conluios com políticos. E por unanimidade o Congresso resolveu
não reconhecer um organismo chamado Aliança Revolucionária, formada por
“anarquistas e políticos espanhóis”. Reformulou-se então o Comitê Pró-Presos
políticos e a decisão de pedir ajuda a diversas organizações (9) e escolheu-se
e aprovou-se, como porta-voz dos exilados, o jornal Tiempos Nuevos. Por fim o
Congresso confirmou a formação da FAI debatida em 1923, na Conferência das
Organizações Operárias de Portugal e Espanha, por iniciativa de Manuel Joaquim
de Sousa, apoiado por José Santos Arranha (os dois) de Portugal; Manuel Peres,
J. Ferrer Alvarada, Sebastián Clara e outros não anotados por sua condição de
foragidos. Em Marselha foi aprovado:
“1º.
O Congresso constitui a Federação Anarquista Ibérica comunicando esta revolução
à UAP de Portugal;
2º.
Que dada a situação política anormal de Espanha, o Comitê relacionado resida em
Lisboa; (10)
3º.
Que fique a sua comunicação a cargo da UAP, podendo esta solicitar apoio e
colaboração dos anarquistas espanhóis residentes naquela localidade;
4º.
Que o dito Comitê convoque, quando ache oportuno, um Congresso Ibérico que dê
caráter definitivo a dita Federação;
5º.
Que tenha caráter provisório o dito Comitê enquanto não se realize o Congresso;
6º.
Que se consultem os anarquistas espanhóis para dar efetividades a estas
revoluções. Ao Congresso da UAP irá um delegado representando o movimento de
anarquistas espanhóis.”
Nesse
Congresso foi também aprovado “Um delegado ao Comitê de Relações
Internacionais; buscar auxílio da CNT, de Espanha; formar a Federação de Grupos
Anarquistas de língua espanhola em França e reforçar o Comitê Pró-Presos
Políticos Sociais.”
Espanha e Portugal em
ditadura
Espanha
vivia subjugada pela ditadura do general Primo de Rivera, fazia tempo... A
esperança dos anarquistas espanhóis era de poder refugiar-se na França e em
Portugal.
No
Congresso de Marselha, os libertários espanhóis e portugueses deixaram alguns
pontos para ser confirmados, entre eles escolher e aprovar o Secretário Geral
da FAI para substituir o Comitê da FAI, que devia ser aprovado em Lisboa, no
Congresso da União Anarquista Portuguesa, no 1o de julho de 1926 — data
escolhida em homenagem ao aniversário de Bakunin. Todavia, no dia 28 de maio de
1926, ou seja, 33 dias antes da realização do Congresso da UAP, dois militares
lusitanos deram um golpe de Estado e implantaram a ditadura em Portugal, que
duraria 48 anos (1926-1974).
Agora
Portugal e Espanha viviam duas ditaduras e o imprevisto obrigava a UAP e os
espanhóis refugiados a buscar um local “seguro” para o encontro.
Foi
escolhida Valença/Valencia, cidade-fronteira dos dois países, a fim de
facilitar as fugas dos participantes: se viesse a polícia espanhola, os
anarquistas fugiriam para Portugal (Valença) e se fosse a polícia portuguesa os
anarquistas passavam para Valencia espanhola. Este foi na época o propósito da
escolha do local. O encontro deu-se em fevereiro de 1927. Pelo lado português
compareceu Francisco Quintal, secretário da União Anarquista Portuguesa e
Germinal de Sousa, pela CGT. Pela Espanha, um pequeno grupo de companheiros que
viviam clandestinamente na França e Portugal.
Diante
da impossibilidade de maiores exposições, foi aprovada a substituição do Comitê
da FAI, aprovado em Marselha, pelo secretário da FAI aprovado em Valença e
coube a escolha do português Germinal de Sousa, filho do autor da proposta
(1923-1926), Manuel Joaquim de Sousa. Nos anos quarenta, Benjamin Cano Ruiz,
num texto publicado em Tierra y Libertad do México, intitulado “PORTUGAL,
Portugal, Portugal”, lembra que Germinal de Sousa foi secretário da FAI durante
a Revolução Espanhola, e também foi diretor de Solidaridad Obrera, publicado em
Argel, após o fim da guerra (1945).
Conclusão
Participaram
da FAI e na Revolução Espanhola Germinal de Sousa, Marques da Costa, Vivaldo
Fagundes, Raul Pereira dos Santos, José Rodrigues Reboredo, o médico Inocêncio
Câmara Pires e umas dezenas de anarquistas nascidos em Portugal. Publicaram,
entre outros, o jornal Rebelião, e fundaram uma modesta emissora de rádio no
túmulo de um cemitério na fronteira, transmitindo notícias livres para
Portugal, a altas horas da noite, ganhando por isso o nome de Rádio Fantasma
“comandada” pela F.A.R.P. (Federação Anarquista da Região Portuguesa). Apagar a
origem e alguns nomes pioneiros da formação da FAI, esquecer que Ibéria engloba
Portugal e Espanha e/ou motivos que esforçados anarquistas dos dois países se
juntaram para formar um organismo capaz de responder ao pacto policial de Primo
de Rivera com o governo Português é no mínimo tentar mudar a verdadeira
história da FAI.
A
projeção que a FAI veio a ganhar posteriormente nunca esteve na mente dos seus
organizadores dos anos 1923-1926, e, é preciso dizer, os militantes portugueses
sempre estiveram em menor número desde o início, mas tentar dizer que a FAI
foi/ é uma organização espanhola e/ou que “nasceu” em Valença em fevereiro de
1927, e ignorar o seu primeiro secretário é no mínimo uma atitude inconcebível,
nativista!!!
Notas
(1)
Ao Congresso do Ferrol, contra a guerra o movimento anarquista de Portugal
enviou como delegados: Mário Nogueira, Manuel Joaquim de Sousa, Serafim Cardoso
Lucena, António Alves Pereirea, Ernesto Costa Cardoso e Aurélio Quintanilha,
este último representando as Federações Sindicalistas de França e Portugal. O
Movimento Libertário do Brasil enviou três delegados: Theófilo Ferreira
(pseudônimo, Deoclécio Fagundes), Astrojildo Pereira e João Castanheira, este
morto na Espanha. Como todos falavam português, a polícia de Afonso XIII
(Espanha) expulsou-os pela fronteira para Portugal. Astrojildo deu entrevistas
a jornais portugueses em Lisboa.
(2)
Proposta de Constâncio Romeu, da Coruña, Espanha.
(3)
Moção apresentada ao Congresso por António Alves Pereira, diretor do semanário
anarquista Aurora, Porto, Portugal – 30 de abril de 1915. As duas propostas
foram divulgadas no livro O Sindicalismo em Portugal, de Manuel Joaquim de
Sousa, capítulo 7, páginas 107-8, 2a edição da Comissão Escolar e propaganda do
Sindicato de Pessoal de Câmaras da Marinha Mercante Portuguesa, Lisboa, 1931.
(4)
Tanto Manuel Peres quanto José Romero eram casados e tinham filhos brasileiros,
por isso, segundo as leis do Brasil, não podiam ser expulsos, mas foram. A lei
não valia para operários anarquistas.
(5)
Em Portugal o governo era ministerialista. O Presidente da República era uma
figura decorativa. O poder estava com os Primeiros Ministros: foram eles que
fizeram acordos policiais com o ditador espanhol Primo de Rivera. Destacaram-se
Antonio Maria Cardoso e Victorino Guimarães, entre outros.
(6)
Dentro deste intercâmbio ideológico e ajuda mútua já se encontravam em Lisboa o
médico e anarquista nascido na Espanha, Pedro Vallina, sua companheira e
dezenas de militantes ácratas espanhóis e outros... Vivendo com alguma tranquilidade
nos primeiros anos da década de vinte.
(7)
Das memórias de Manuel Peres. Antes de falecer este companheiro mandou seu
genro, Joseph Tiboque, entregar em minha casa uma cópia, com mais de 200 cópias
datilografadas. Durante a revolução Espanhola (1936-1939) Manuel Peres foi
preso e condenado à morte. Salvou-o Adido Comercial brasileiro na Espanha, que
conhecera Peres no Rio de Janeiro, e provou que este havia vivido no Brasil
desde menino. “Sua expulsão do Brasil havia sido um engano”. Peres retornou ao
Rio de Janeiro, e com o fim da ditadura Vargas ajudou a fundar o jornal Ação
Direta.
(8)
Manuel Joaquim de Sousa era, na época, um dos mais produtivos e eficientes
militantes do movimento libertário português, conhecido e respeitado internacionalmente
por sua atividade e colaboração prestada ao anarquismo e sindicalismo
revolucionário.
(9)
O Congresso acordou pedir auxílio de 5000 pesetas, para custear os processos
contra anarquistas, à Cultura Obrera, New York, La Protesta (Argentina); União
Sindical Italiana; AIT – CNT (Espanha); União Anarquista Portuguesa; CGT
Portuguesa; Federação da GA de Espanha e UA Francesa.
(10)
Esta resolução apoiou-se em que Portugal ainda vivia um restinho de liberdade
da 1a República, logo derrubada por um golpe militar, em 28 de maio de 1926.
*Edgar
Rodrigues é um dos mais importantes arquivistas do movimento anarquista no
Brasil e em Portugal. Suas análises, entrevistas e compilações de documentos
distribuem-se em mais de quarenta livros e cerca de mil artigos.
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