por João Monti
Acostumado a ler as
querelas da I Internacional, Guerra Civil Espanhola e outros episódios
envolvendo anarquistas e marxistas, poucas vezes me senti tão enojado quanto
agora, diante das manobras do PT para manipular seu eleitorado.
(Antes de tirar qualquer conclusão precipitada a meu respeito, aviso que sou anarquista e não compactuo com
nenhum partido, seja de esquerda, seja de direita).
Para dar sustentação ao
que acabo de dizer, vou recapitular sucintamente, ponto a ponto, toda a
retórica do PT envolvendo a novela político-jurídica desde o processo de
impeachment até os dias de hoje:
1. Na véspera da
denúncia contra Dilma Rousseff, os blogueiros progressistas PHA e Nassif juram
de pés juntos, através de elucubrações inquebrantáveis, que o processo
seria arquivado. Os políticos PTistas
fazem coro e afirmam que a denúncia por crime de responsabilidade não
passará pela comissão especial do impeachment.
Passou folgado, com 38
votos favoráveis e 27 contrários: o processo é aberto.
2. Os PTistas agora contam com a anulação da decisão pelo STF.
Não anulou.
3. Que a votação pelo
prosseguimento do processo no congresso não será aprovada, porque o número de
abstenções superaria o de deputados presentes, num dia de domingo.
Em pleno domingo
ensolarado, com ampla cobertura da mídia, telões espalhados pelas cidades e
torcida organizada de ambos os lados, coxinhas versus mortadelas, diferentemente do que costuma acontecer,
a casa estava surpreendentemente lotada e foi uma lavada para os golpistas.
4. Novamente o governo
entra com um recurso no STF para anular o processo, depois do episódio patético do presidente substituto da câmara Waldir Maranhão revogar poucas horas depois
sua própria decisão de arquivar o processo.
O ministro Teori Zavascki
nega o recurso.
5. O senador do PT
Paulo Paim afirma peremptoriamente que no senado as coisas seriam diferentes,
pois nunca houve na história daquela casa uma votação tão expressiva e desproporcional
tal e qual a requerida para a instauração do processo de impeachment.
Houve, como nunca
antes, na história daquela casa. Foram 55 votos favoráveis, 22 contrários e 2
ausentes.
6. O ministro zero à
direita (não zero à esquerda, apesar de ser sempre um zero) Zero Eduardo Cardozo,
advogado de Dilma Rousseff, participa faceiro do julgamento, como se o circo
armado não fosse uma farsa e a condenação previamente conhecida.
Dilma tem o mandato
cassado, apesar da decisão fatiar o artigo constitucional 52 e, deste modo,
manter o direito da, agora, ex-presidenta poder exercer funções públicas. Os
advogados de acusação não recorrem da sentença.
7. O PT lança a
campanha “Diretas Já”.
Fogo de palha.
8. Blogueiros, políticos
e juristas ligados ao PT afirmam, categórica e tecnicamente, que o juiz Moro
não poderá condenar Lula sem provas.
Com provas ou sem
provas, Moro condenou.
9. Que, apesar da celeridade com que o processo correu na segunda instância, o resultado no TRF4
ficará em 2 X 1, pois um colegiado de desembargadores jamais é unânime,
possibilitando com isso recurso;
O resultado foi uma
goleada, 3 X 0 (antecipado, inclusive, horas antes por uma emissora de TV).
10. Quando da prisão do
ex-presidente Lula em São Bernardo, diante de meia dúzia de sindicalistas (na
verdade, módicos 15 mil), os senadores Gleise Hoffman e Lindberg Faria lançam uma
campanha de boicote à Rede Globo.
O PT não só não
boicotou como seus políticos, candidatos a todos os cargos, inclusive à presidência, concedem alegremente entrevistas e mais entrevistas à emissora, sem o
menor pudor.
11. Os jornalistas
Leonardo Atuch e Eduardo Guimarães dão como certo, através de análises
insofismáveis, a concessão de habeas
corpus para Lula pelo STF.
Não deu. Choradeira de
sempre: “Viva Gilmar, abaixo Rosa Weber!...”
12. O Comitê de Direitos Humanos da ONU acolhe pedido de liminar da defesa de Lula e determina que este "exercite seus direitos políticos de candidato nas eleições de 2018, bem como o acesso à imprensa".
O TSE ignora a determinação da ONU e rejeita a candidatura Lula por 6 votos a 1.
12. O Comitê de Direitos Humanos da ONU acolhe pedido de liminar da defesa de Lula e determina que este "exercite seus direitos políticos de candidato nas eleições de 2018, bem como o acesso à imprensa".
O TSE ignora a determinação da ONU e rejeita a candidatura Lula por 6 votos a 1.
13. Eleição sem
Lula é fraude.
Mesmo assim, o PT lança
um outro candidato, para “não ficar sem opção” (na fraude), apesar do escandaloso desrespeito à decisão da ONU por parte das instituições brasileiras.
No decorrer de toda
esta arenga, o PT defende a candidatura Lula até o fim e denuncia o Coup d'État, o estado de exceção, o fim
da democracia, o fim do Estado de direito, a justiça parcial, o monopólio de
mídia, a fraude eleitoral etc.
No entanto, ao se
aproximar da reta final do pleito e dos prazos da justiça eleitoral, o partido
muda radicalmente o discurso e decide tornar nula a denúncia contra o golpe lançando um poste à presidência: um candidato indicado por Lula.
De uma hora para outra, o PT resolve todo esse imbróglio com o slogan "Haddad é Lula" – talvez, porque agora o PT reconheça a definição do então prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o impeachment de Dilma Rousseff: “uma breve interrupção da normalidade nas instituições democráticas”.
E assim, como num passe de mágica, as instituições voltam a funcionar normalmente, as eleições (sem Lula) se tornam novamente um processo legítimo e democrático, Lula é Haddad, Haddad é Lula, e não tá mais aqui quem falou...
E assim, como num passe de mágica, as instituições voltam a funcionar normalmente, as eleições (sem Lula) se tornam novamente um processo legítimo e democrático, Lula é Haddad, Haddad é Lula, e não tá mais aqui quem falou...
Só que, objetivamente, há um grande
furo na nova trama do PT: Lula continua preso.
E se “as instituições
estão funcionando normalmente”, então Lula é culpado de todos os crimes que lhe
são imputados.
Como resolver essa
espinhosa questão?
Simples, tudo funciona,
menos para o Lula.
Isso fica claro na
carta supostamente escrita por Lula, ao renunciar à candidatura em prol de Haddad, em pelo menos dois pontos:
“Minha condenação é uma
farsa judicial, uma vingança política, sempre usando medidas de exceção contra
mim.
“E mesmo assim os
tribunais brasileiros me negaram o direito que é garantido pela Constituição a
qualquer cidadão, desde que não se chame Luiz Inácio Lula da Silva”.
Atente-se às
passagens: medidas de exceção contra mim...
tribunais me negaram o direito que é garantido pela
Constituição a qualquer cidadão.
Sim, a constituição só
foi “rasgada” para Lula!
Do nada o Brasil virou
uma Suécia e todos os brasileiros têm seus direitos amplamente assegurados, como se
os pobres não fossem vítimas permanente do Estado de exceção, da opressão
policial e judicial, do apartheid social e racial, do genocídio da juventude pobre e negra nas periferias, das agruras da miséria, dos
péssimos serviços públicos, da falta de saúde, educação, transporte...
Somente a Luiz Inácio Lula da Silva é negado as
tais garantias constitucionais.
Quanta hipocrisia!!!
Não só Lula, mas milhares e milhares de brasileiros sofrem calados, todos os dias, as arbitrariedades do aparelho repressivo, sem ninguém para chorar suas pitangas.
Aparelho repressor esse, aliás, fortalecido pelos governos do PT, supostamente para combater a corrupção!
Não só Lula, mas milhares e milhares de brasileiros sofrem calados, todos os dias, as arbitrariedades do aparelho repressivo, sem ninguém para chorar suas pitangas.
Mais do que cretinismo
parlamentar, as atitudes do PT são um caso crônico de má-fé e extrapolam todos
os limites do cinismo.
Projeto formulado
no plano de governo Haddad, bem ao gosto do capital financeiro, e que é exatamente o mesmo de Lula nos mandatos
anteriores: PPPs, concessões, abertura de mercado, lucros recordes aos
bancos, autonomia do banco central, (agora) dolarização da dívida interna...
Ou seja, projeto ultra-neoliberal.
Ou seja, projeto ultra-neoliberal.
Pois bem, a fábula do referendo revogatório, da retomada do pré-sal, do fim do monopólio de
mídia e de outras tagarelices jogadas ao vento nada mais eram que artifícios retóricos do PT para manter seu curral eleitoral mobilizado sob rédeas curtas.
O que se pode depreender disso tudo é que o novo capítulo "Haddad é Lula" é mais uma das miragens da novela político-jurídica do golpe que não é golpe e é golpe ao mesmo tempo, dependendo das conveniências de ocasião farejadas por uma direção partidária altamente oportunista.
A eleição de Haddad é o canto da sereia do PT para enfeitiçar simpatizantes e militantes PTistas e arremessá-los contra rochedos.
Evidentemente, um novo mandato do PT não faz parte do roteiro do golpe.
A agenda política nacional não alijou o PT do poder para entregá-lo de mão beijada pouco tempo depois.
O PT perdeu todas as batalhas, uma após outra, não iria vencer a guerra.
A menos que Haddad apareça como o candidato do mercado financeiro...
Porque as cartas já estão marcadas e o PT só vence por W.O., isto é, através de uma vitória de Pirro.
O paulistano Haddad não é apenas um pedido de trégua, mas a celebração do acordo nacional, com o Supremo com tudo: mais uma vil traição do PT à classe trabalhadora.
(Veja nossos artigos o "Plano B do PT: Plim! Plim!" e "O triplex do Lula: a fraude eleitoral do PT")
A recente campanha do sistema financeiro internacional juntamente com o conglomerado de mídia nacional contra a legenda política do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro significa uma ou outra coisa:
a) com o derretimento da candidatura Bolsonaro, seus votos migrariam para o candidato da direita Alckmin, que na reta final das eleições subiria exponencialmente nas pesquisas (a exemplo de outros candidatos do PSDB, em outras eleições, nomeadamente Aécio e Dória) e, eventualmente, poderia vencer no 2o. turno, angariando votos do anti-PTismo.
(Se bem que Trump também não era o candidato das finanças e a candidatura Bolsonaro parece muito mais alinhada à atual geopolítica de Washington).
b) a solução Fernando Haddad surgiria, efetivamente, como de centro direita, mais palatável ao mercado e sob uma áurea de "esquerda", assim como Emmanuel Macron na França.
Eleito por indicação, não pelo escrutínio democrático das urnas, sem qualquer compromisso popular, Haddad seria um interventor das finanças com a função de gerenciar as políticas das reformas neoliberais.
Uma vitória de Haddad, porém, não arrefeceria a polarização ideológica que, inclusive, apresenta reflexos regionais, dividindo o país.
Caso vença as eleições, supondo ainda que não haja fraude nas urnas eletrônicas ou que a rejeição ao PT não ultrapasse a de Bolsonaro e, considerando-se ainda, o péssimo desempenho do candidato do mercado Alckmin, que não emplaca nas pesquisas - o PT teria de fazer inúmeras concessões.
O governo Temer ainda tentará aprovar a reforma da previdência após as eleições. Caso não consiga, deixará como pendência para o próximo período, além das privatizações,.
Privatizar ou aprovar a reforma da previdência colocaria um governo do PT entre a cruz e espada.
Neste contexto, o PT terá de vender a alma ao diabo e o preço a pagar é a candidatura Haddad, que daria continuidade a política econômica do governo Temer.
Caso o PT não cumprisse com a agenda do golpe, a instabilidade política seria tão grande ou ainda maior que no governo Dilma. No melhor dos cenários, logo vai chover uma tempestade de denúncias de corrupção; Palocci ou algum outro traíra vai delatar até a mãe; manifestações coxinhas tomarão as ruas do país etc., etc. etc.; e o vulto de uma intervenção militar rondará como uma alcateia de lobos famintos o Congresso Nacional.
Nesta comédia sem graça, o PT é conscientemente um ator coadjuvante que seguiria cegamente o script ultra-neoliberal e antipopular dos interesses do mercado.
Mas, independente de tudo isso, vencendo ou perdendo nas urnas, o PT passará o selo de "democracia" a todo um longo processo de fraudes e distorções institucionais, transformando, por fim, fatos em simples guerra de versões narrativas de quem grita mais alto.
Não há saída:
Vencendo, caberá ao PT aplicar a agenda golpista.
Perdendo, o PT avaliza a agenda golpista pelo sufrágio universal.
Sacrifica-se a rainha para salvar o rei. Vão-se os anéis, ficam os cargos.
O que se pode depreender disso tudo é que o novo capítulo "Haddad é Lula" é mais uma das miragens da novela político-jurídica do golpe que não é golpe e é golpe ao mesmo tempo, dependendo das conveniências de ocasião farejadas por uma direção partidária altamente oportunista.
A eleição de Haddad é o canto da sereia do PT para enfeitiçar simpatizantes e militantes PTistas e arremessá-los contra rochedos.
Evidentemente, um novo mandato do PT não faz parte do roteiro do golpe.
A agenda política nacional não alijou o PT do poder para entregá-lo de mão beijada pouco tempo depois.
O PT perdeu todas as batalhas, uma após outra, não iria vencer a guerra.
A menos que Haddad apareça como o candidato do mercado financeiro...
Porque as cartas já estão marcadas e o PT só vence por W.O., isto é, através de uma vitória de Pirro.
O paulistano Haddad não é apenas um pedido de trégua, mas a celebração do acordo nacional, com o Supremo com tudo: mais uma vil traição do PT à classe trabalhadora.
(Veja nossos artigos o "Plano B do PT: Plim! Plim!" e "O triplex do Lula: a fraude eleitoral do PT")
A recente campanha do sistema financeiro internacional juntamente com o conglomerado de mídia nacional contra a legenda política do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro significa uma ou outra coisa:
(Se bem que Trump também não era o candidato das finanças e a candidatura Bolsonaro parece muito mais alinhada à atual geopolítica de Washington).
Eleito por indicação, não pelo escrutínio democrático das urnas, sem qualquer compromisso popular, Haddad seria um interventor das finanças com a função de gerenciar as políticas das reformas neoliberais.
Uma vitória de Haddad, porém, não arrefeceria a polarização ideológica que, inclusive, apresenta reflexos regionais, dividindo o país.
Caso vença as eleições, supondo ainda que não haja fraude nas urnas eletrônicas ou que a rejeição ao PT não ultrapasse a de Bolsonaro e, considerando-se ainda, o péssimo desempenho do candidato do mercado Alckmin, que não emplaca nas pesquisas - o PT teria de fazer inúmeras concessões.
Neste contexto, o PT terá de vender a alma ao diabo e o preço a pagar é a candidatura Haddad, que daria continuidade a política econômica do governo Temer.
Caso o PT não cumprisse com a agenda do golpe, a instabilidade política seria tão grande ou ainda maior que no governo Dilma. No melhor dos cenários, logo vai chover uma tempestade de denúncias de corrupção; Palocci ou algum outro traíra vai delatar até a mãe; manifestações coxinhas tomarão as ruas do país etc., etc. etc.; e o vulto de uma intervenção militar rondará como uma alcateia de lobos famintos o Congresso Nacional.
Nesta comédia sem graça, o PT é conscientemente um ator coadjuvante que seguiria cegamente o script ultra-neoliberal e antipopular dos interesses do mercado.
Mas, independente de tudo isso, vencendo ou perdendo nas urnas, o PT passará o selo de "democracia" a todo um longo processo de fraudes e distorções institucionais, transformando, por fim, fatos em simples guerra de versões narrativas de quem grita mais alto.
Não há saída:
Vencendo, caberá ao PT aplicar a agenda golpista.
Perdendo, o PT avaliza a agenda golpista pelo sufrágio universal.
Sacrifica-se a rainha para salvar o rei. Vão-se os anéis, ficam os cargos.
A verdade é que, ao fim
e ao cabo, o PT luta desesperadamente pela sua sobrevivência, o que significa dizer: cargos no governo, mamar nas tetas
do Estado, monopolizar a dita “esquerda”, manter os sindicatos sob sua tutela e
conter o avanço das massas populares.
O PT legisla em causa própria e para as massas,
doses homeopáticas de demagogia.
De fato, Haddad é Lula e Lula não é Che.
O perfil sócio-econômico dos burocratas do PT prova isso e fica patente na declaração de bens de seus candidatos ao TSE ou a Receita Federal. Vejamos:
O perfil sócio-econômico dos burocratas do PT prova isso e fica patente na declaração de bens de seus candidatos ao TSE ou a Receita Federal. Vejamos:
Fernando Haddad
declarou bens no valor de R$ 428.451, 09, incluindo sua atual residência, herança familiar, no
valor de 183.000,00.
Apenas em se tratando
do referido imóvel residencial, o valor declarado é o valor venal, não o valor
econômico, pois o valor real do imóvel, o de mercado, um sobrado em um terreno
de 586 metros quadrados, com piscina, situado em um bairro nobre da capital,
Planalto Paulista (IPTU de R$ 10.315,00), segundo corretores, é de mais de R$ 2.000.000,00.
100 mil reais é o valor
de um imóvel na Brasilândia, periferia da cidade. Agora, uma mansão, nas
vizinhanças do Ibirapuera, é até muito mais caro do que as estimativas dos
corretores!
(Propriedade da família Haddad, esta casa se manteve desocupada por algum tempo, pois, ao se mudar recentemente para lá, o casal Haddad viu-se na necessidade de realizar reformas. Imagine quantas famílias sem-teto poderiam ocupar o imóvel quando estava ocioso!)
O antigo apartamento, onde o candidato morava, no bairro do Paraíso, de 187 m2, ainda de sua propriedade, foi declarado pelo valor venal de R$ 90.000,00 quando o imóvel é avaliado no mercado imobiliário em mais de 1,5 milhão de reais.
Aliás, embora permitido pela justiça eleitoral, o patrimônio declarado de Haddad não acompanhou a inflação e ainda desvalorizou a cada eleição: R$ 473,8 mil (2012), R$ 451,9 (2016) e agora R$ 428,4 mil.
(Propriedade da família Haddad, esta casa se manteve desocupada por algum tempo, pois, ao se mudar recentemente para lá, o casal Haddad viu-se na necessidade de realizar reformas. Imagine quantas famílias sem-teto poderiam ocupar o imóvel quando estava ocioso!)
O antigo apartamento, onde o candidato morava, no bairro do Paraíso, de 187 m2, ainda de sua propriedade, foi declarado pelo valor venal de R$ 90.000,00 quando o imóvel é avaliado no mercado imobiliário em mais de 1,5 milhão de reais.
Aliás, embora permitido pela justiça eleitoral, o patrimônio declarado de Haddad não acompanhou a inflação e ainda desvalorizou a cada eleição: R$ 473,8 mil (2012), R$ 451,9 (2016) e agora R$ 428,4 mil.
Já Lula declarou R$ 7.987.921,57, ou seja, para facilitar, 7,9
milhões de reais, neste ano de 2018.
É notório, porém, que a
empresa de palestras de Lula chegou a faturar 30 milhões de reais em cinco anos,
haja vista que uma única palestra chegava a custar até 800 mil reais!
(Cá entre nós, o que Lula dizia de tão especial às empreiteiras que valia tanto assim ou será que estas empresas de palestra e consultoria é um outro nome, vamos dizer assim, um eufemismo, para não dizer lobby).
(Cá entre nós, o que Lula dizia de tão especial às empreiteiras que valia tanto assim ou será que estas empresas de palestra e consultoria é um outro nome, vamos dizer assim, um eufemismo, para não dizer lobby).
E não é só isso. Só a
empresa de um de seus filhos, o Lulinha, chegou a receber, durante os governos
do PT, mais de 103 milhões de reais, injetados por outras empresas, como a Oi.
E tanta gente por aí
fazendo sua fezinha na maga-sena, toda semana, obstinadamente, na vã esperança
de um dia tirar a sorte grande!
Sim, porque Lula deve
ter ensinado a seus filhos que é muito mais negócio ser patrão do que
trabalhador...
A senadora Gleisi
Hoffmann chegou a declarar bens de apenas R$34.284,00, pouco mais que o salário
de um senador (R$ 33.763,00, sem contar os inúmeros benefícios, claro). Pouco depois
de sua declaração vir a público, a senadora corrigiu o registro, declarando
seus bens em R$ 1.452.098,29.
Zé Dirceu declarou à
receita federal um patrimônio de R$ 2.285.058,87
e chegou a afirmar em juízo que recebia um salário módico de, pasmem, R$
120.000,00 por mês. Segundo ele: “Sem falsa modéstia, R$ 120 mil [por mês] é
irrisório”.
Segundo investigações, Palocci
amealhou um patrimônio em imóveis, carros e investimentos de pelo menos R$ 80
milhões. Podendo ser muito maior, já que R$ 216,2 milhões passaram pelas contas
de sua empresa de consultoria.
Segundo nota do PT em 3/10/18 sobre a delação de Palocci: "A delação mentirosa de Palocci foi negociada com a Polícia Federal em troca da redução de dois terços de sua pena, prevendo até perdão judicial, da devolução de R$ 37 milhões, que é menos da metade do que teria sido bloqueado em suas contas, segundo a imprensa, e da preservação de todos os imóveis da família" (Grifo meu).
Obs.: Quando se trata de um desafeto, no caso a persona non grata Palocci, ex-homem de confiança de Lula e um dos quadros mais importantes do partido, as informações veiculadas pela imprensa são verdadeiras, quando se trata de um figurão do PT, aí as noticias são caluniosas...
Segundo nota do PT em 3/10/18 sobre a delação de Palocci: "A delação mentirosa de Palocci foi negociada com a Polícia Federal em troca da redução de dois terços de sua pena, prevendo até perdão judicial, da devolução de R$ 37 milhões, que é menos da metade do que teria sido bloqueado em suas contas, segundo a imprensa, e da preservação de todos os imóveis da família" (Grifo meu).
Obs.: Quando se trata de um desafeto, no caso a persona non grata Palocci, ex-homem de confiança de Lula e um dos quadros mais importantes do partido, as informações veiculadas pela imprensa são verdadeiras, quando se trata de um figurão do PT, aí as noticias são caluniosas...
(Tudo isto pode ser
verificado numa pesquisa rápida no Google).
Ora, sabemos que estas
declarações são subestimadas pelos candidatos; ao invés de, por exemplo,
declararem o valor de mercado de um imóvel, declaram o valor venal, conforme as normas da Receita Federal. Quem não se lembra do caso de um senador do PSDB, que declarou, numa
outra eleição, uma fazenda no valor de 1 real? Isso sem falar em contas e imóveis registrados no exterior...
Declaração de bens de alguns presidenciáveis:
Bolsonaro - R$ 2.286.779,48
Alckmin: R$ 1.379.131,70
Ciro Gomes: R$ 1.695.203,17
Henrique Meireles: R$ 377.496.700,70
Declaração de bens de alguns presidenciáveis:
Bolsonaro - R$ 2.286.779,48
Alckmin: R$ 1.379.131,70
Ciro Gomes: R$ 1.695.203,17
Henrique Meireles: R$ 377.496.700,70
No caso do PT, o que diria Karl Marx,
o papa da esquerda partidária, desta boa burguesia samaritana?
Ora, segundo o barbudão,
as condições materiais de existência determinam as relações dos indivíduos em
sociedade e em conformidade com sua classe social.
Sim, as condições
materiais de existência, isto é, dinheiro, bufunfa, grana, cara, e não o discurso
fácil e vazio.
Marx estava certo. Não
dá pra jogar nos dois times, ou você acha que estes burgueses e nouveaux riches (novos-ricos) vão lutar pela revolução socialista
ou pelo comunismo, abrindo mão de seu polpudo patrimônio?!!!
Honestamente, será que estes heróis do proletariado, em sua vida
particular, se relacionam com pessoas pobres? Casam-se com sem-teto ou
sem-terra? Vão ao hospital público? Os filhos estudam em escolas
públicas? Andam de transporte público? Moram em periferias, favelas, ocupações? (...)
Não, companheiro, água não se mistura com óleo.
Não, companheiro, água não se mistura com óleo.
Faça uma simples
pesquisa no Google, e comprove...
A História, o grande
trunfo do marxismo, já deu muitas provas de que lado eles estão no final, e realmente
não é o dos mais pobres.
No máximo, tendo muita
boa vontade com o PT, daria para defini-lo como reformista. E reforma no
sentido rigoroso da palavra é conservação. Quando reformamos nossa casa é para
conservá-la, reparar o encanamento, a eletricidade, o telhado etc., e evitar que ela desabe.
Não foi isso que o PT
fez quando reduziu “cidadãos” (da nova classe média, isto é, classe C) a meros consumidores de
mercadorias, super alienados e super endividados?
O PT criou a ilusão de que o pobre podia ascender socialmente e todos podiam ser felizes no capitalismo dependente.
Que os bancos o digam!
Pois não se esqueçam,
camaradas, das condições materiais de existência...
Ora, realmente, dá na mesma votar
no PT ou em qualquer outro partido.
No fundo, sãos os ricos que vão continuar mandando nos pobres, a velha plutocracia no poder.
Só muda o coronel da Casa-Grande, com o agravante de que os filantropos da senzala aumentaram, perversamente, o poder de fogo do capitão do mato: o sistema de justiça.
Para o golpe de 2016, não poderia haver desfecho mais apoteótico: o PT sob as vestes de carrasco e chicote na mão conduzindo a classe trabalhadora para a forca ou a volta da ditadura militar pela via democrática!
O mundo não mudou muito desde pelo menos Roma, quando alguns aristocratas tomavam o partido da plebe para, no fundo, defender interesses particulares. É assim desde os tempos antediluvianos até os dias atuais.
No fundo, sãos os ricos que vão continuar mandando nos pobres, a velha plutocracia no poder.
Só muda o coronel da Casa-Grande, com o agravante de que os filantropos da senzala aumentaram, perversamente, o poder de fogo do capitão do mato: o sistema de justiça.
Para o golpe de 2016, não poderia haver desfecho mais apoteótico: o PT sob as vestes de carrasco e chicote na mão conduzindo a classe trabalhadora para a forca ou a volta da ditadura militar pela via democrática!
O mundo não mudou muito desde pelo menos Roma, quando alguns aristocratas tomavam o partido da plebe para, no fundo, defender interesses particulares. É assim desde os tempos antediluvianos até os dias atuais.
Eis a novidade da democracia moderna: o direito do escravo escolher o seu amo.
VOTE NULO, NÃO SUSTENTE
PARASITAS!!!
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