Pobreza aumenta e
atinge 54,8 milhões de pessoas em 2017
O
país tinha 54,8 milhões de pessoas que viviam com menos de R$ 406 por mês em
2017, dois milhões a mais que em 2016. Isso significa que a proporção da
população em situação de pobreza subiu de 25,7% para 26,5%, de acordo com a
Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje pelo IBGE. O estudo utilizou
critérios do Banco Mundial, que considera pobres aqueles com rendimentos
diários abaixo de US$ 5,5 ou R$ 406 mensais pela paridade de poder de compra.
O
Nordeste concentrou o maior percentual daqueles em situação de pobreza, 44,8%,
o equivalente a 25,5 milhões de pessoas. Entre as unidades da federação, a
maior proporção de pobres estava no Maranhão, com mais da metade da população,
54,1%, e em Alagoas, 48,9%. Já Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) foram as duas
únicas capitais onde o contingente de pessoas que ganham menos de R$ 406 por
mês superava a dos respectivos estados: em Porto Velho era 27%, contra 26,1% em
Rondônia; em Cuiabá, 19,2%, contra 17,1% em Mato Grosso.
Mulheres pretas ou pardas
são grupo mais vulnerável
A
situação é mais grave entre os 7,6 milhões de moradores de domicílios onde
vivem mulheres pretas ou pardas sem cônjuge com filhos até 14 anos. Desses,
64,4% estavam abaixo dessa faixa de renda de até R$ 406 mensais.
Para
erradicar a pobreza, o estudo apontou que seria necessário investir R$ 10,2
bilhões por mês na economia, ou garantir R$ 187 por mês a mais, em média, na
renda de cada pessoa nessa situação. A análise demonstra que não só a
incidência da pobreza aumentou, mas também a intensidade, já que em 2016 esse
valor era de R$ 183 a mais.
O
analista da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, Leonardo Athias, indica
que, além de políticas públicas do governo, a melhora nas condições do mercado
de trabalho é um dos caminhos que podem contribuir para a redução da pobreza:
“ter oportunidades, reduzir a desocupação e aumentar a formalização têm
obviamente uma série de efeitos que permitem as pessoas saírem dessa situação”.
Repórter:
Pedro Renaux
Imagem:
Helena Tallmann/Agência IBGE Notícias
Arte:
Marcelo Barroso
FONTE:
IBGE
Nenhum comentário:
Postar um comentário