![]() |
José Peirats |
Socialismo ou ditadura
Em Berlim, [Ángel]
Pestaña, que havia saído de Barcelona em março de 1920, teve notícias do II
Congresso da Terceira Internacional, convocado para julho daquele mesmo ano. Logo
após ter obtido a designação de delegado da CNT, pôde entrar na Rússia em 26 de
julho. Em Moscou, foi convidado para as reuniões preliminares do congresso,
celebradas pelo Comitê Executivo da Internacional Comunista. Nelas seriam
planejadas uma nova Internacional sindical revolucionária. Porém, nas declarações
inicialmente esboçadas, havia um exaltado panegírico da ditadura do
proletariado. As organizações sindicais de caráter apolítico eram atacadas
desapiedadamente. Pestaña se negou a assinar todo o documento a este respeito,
não abrindo mão da seguinte ressalva: “Tudo o que se refere à conquista do
poder político, à ditadura do proletariado (...) será decidido em acordos
posteriores definidos pela CNT, tão logo eu regresse à Espanha e o Comitê Confederal
tome conhecimento do que aqui foi acordado”.
Pestaña afirmou que os
comunistas se dispuseram, inclusive, a emendar a redação do documento, no que
se referia à ditadura do proletariado. Entretanto, nem mal se ausentou o
delegado espanhol, para que se dessem publicidade ao texto original com a
assinatura de Pestaña.
Sobre o desenvolvimento
do congresso propriamente dito, Pestaña relata que lhe chamou sobremaneira à
atenção a disputa que se produziu pela ocupação da presidência. Mas logo se
daria conta de que a presidência era o próprio Congresso, e esse sua caricatura.
A presidência elaborava o regulamento, presidia o congresso, modificada à sua
maneira as proposições, alterava a ordem do dia e apresentava proposições de
iniciativa própria. A forma com que manejava a guilhotina era um primor. Por
exemplo: Zinoviev pronunciou um discurso de uma hora e meia, apesar do tempo
reservado para as intervenções estivesse estipulado em 10 minutos. Pestaña se
propôs a rebater este discurso, mas foi interrompido pela presidência, relógio
na mão. O próprio Pestaña foi rebatido por Trotski, que discursou por longos 45
minutos. Quando Pestaña tentou refutar os ataques que Trotski lhe havia
dirigido, a presidência declarou o debate encerrado. Pestaña também protestou
contra a forma de seleção dos palestrantes. Teoricamente, cada delegado podia
fazer uma proposição, mas cabia à presidência escolher os “mais capacitados”.
Outro de seus assombros foi o fato de não se registrarem atas. Tampouco se
votava por delegações, senão por delegados. Era previsto o voto proporcional,
mas não se aplicava. O Partido Comunista Russo se assegurava assim de uma
maioria confortável. Para o cúmulo dos cúmulos, certos acordos não se davam no
salão das sessões, mas nos bastidores. Desta maneira, foi aprovado o seguinte:
“Nos próximos congressos mundiais da Terceira Internacional, as organizações
sindicais nacionais aderentes estarão representadas pelos Delegados do Partido
Comunista de seu país respectivo”. Qualquer manifestação de protesto por esse
acordo foi simplesmente ignorado.
Pestaña abandonou a
Rússia no dia 6 de setembro de 1920, depois de uma breve troca de impressões
com Amando Borghi (delegado da União Sindical Italiana), que também regressaria
à Itália decepcionado com aquela infortunada experiência. Mas antes de saírem
de Moscou, ambos tiveram conhecimento de uma circular referente à organização
da Internacional Sindical Vermelha. Se o futuro congresso da Terceira
Internacional objetivava assegurar o predomínio dos partidos comunistas acima
das organizações sindicais, era de se supor que em uma Internacional Sindical
daria rédeas soltas às centrais obreiras submissas. Todo o contrário
demonstrava aquele infeliz projeto da Internacional Sindical Vermelha o qual
dispunha:
“1) Um comitê especial
deverá ser organizado em cada país pelo Partido Comunista. 2) O comitê se
encarregará de receber e distribuir a todas as organizações sindicais as
circulares e as publicações da Internacional Sindical Vermelha. 3) O Comitê
nomeará os redatores dos periódicos profissionais e revolucionários
inculcado-lhes os pontos de vista da Internacional contra a Internacional
adversária. 4) O Comitê intervirá com artigos próprios de orientação e
polêmica. 5) O Comitê trabalhará em estreita relação com o Partido Comunista,
ainda que este se constitua em um órgão diferente. 6) O Comitê deverá
contribuir para a convocação de conferências em que se discutam questões de
organização internacional e deverá escolher os oradores para a propaganda. 7) O
Comitê será composto de camaradas preferencialmente comunistas. As eleições
serão supervisionadas pelo Partido Comunista. 8) Nos países onde este método
não pode ser adotado serão enviados emissários do Partido Comunista a fim de
criar uma organização parecida”.
Há quem não consiga
compreender que uma organização libertária como a CNT, tão rica em experiências
políticas e sociais, pudesse ser seduzida, sequer por um momento, pela ditadura
proletária e a Terceira Internacional. Muitos fatos explicam este fenômeno. A Espanha
atravessava um período revolucionário. A CNT estava em pleno auge de
crescimento e a chegada de militantes novatos suscitava uma ebulição de
correntes diversas. O clima de repressão constante fazia com que se cedesse com
certa facilidade ao oportunismo, em detrimento do rigor doutrinário. Um fato
transcendental dominava tudo: a grande chamada da Revolução Russa e seu
terrível impacto no espírito revolucionário espanhol. Todos os partidos e
organizações esquerdistas do mundo haviam sofrido influência desse impacto. O
Partido Socialista espanhol sofreria sob a forma de duas cisões. Quanto maior
era o bloqueio das potências ocidentais sobre a Rússia, tanto maior era o
hipnotismo da revolução. Por outra parte, em 1919, ainda não fora produzido a
avalanche crítica anticomunista. O livro de Luigi Fabbri, Ditadura e revolução, muito embora escrito em 1919-20, não apareceu
em italiano senão em 1921. A edição espanhola desse mesmo livro foi publicada
na Argentina em 1923. Um dos primeiros folhetos anticomunista, Soviete ou ditadura?, de Rudolf Rocker,
não apareceu em castelhano senão em 1920 (Argonauta, Argentina). Bolchevismo e anarquismo, do mesmo
Rocker, foi escrito em 1921 e foi publicado na Argentina no ano seguinte. Até
1923, não havia sido publicado em alemão a obra de Piotr Archinov: História do movimento makhnovista. No
mesmo ano, lia-se nos Estados Unidos Minha
desilusão na Rússia, de Emma Goldman. O
mito bolchevique, de Alexandre Berkman, não se ofereceu ao público senão em
1925.
É, pois, evidente que
no congresso de 1919 não se pôde esclarecer aos delegados tão preciosas informações.
De todas as maneiras, bem analisado o acordo do congresso de 1919, descobre-se
que nunca se optou por uma adesão incondicional. A moção reitera a fidelidade
da CNT aos princípios da Primeira Internacional “defendidos por Bakunin”. Em
seguida, ressalta o caráter provisório ao acordo de adesão. E, em último lugar,
subordina o acordo aos resultados de um congresso a realizar-se na Espanha, que
deverá, portanto, assentar as bases da “verdadeira” Internacional dos
trabalhadores. Assim, pois, o caráter condicional do acordo não poderia ser
mais rigoroso. Entretanto, havia mais: a CNT se restringia ao terreno da
realidade revolucionária.
Os mais privilegiados
em ordem de informações verídicas foram os anarquistas do círculo de Berlim,
que, situados no corredor de ida e volta da Rússia, puderam ir absorvendo os
primeiros sinais desesperadores da realidade. O descrédito do mito comunista
não começou a produzir-se senão até 1921. Foram motivados pelos escandalosos
acontecimentos de Kronstadt (a destruição, pelas tropas de Trotski, daquele
reduto anarquista). Alguns anarquistas, que haviam ido à Rússia para contribuir
com a reconstrução revolucionária daquele país, já estavam de volta
decepcionados, pois haviam sido expulsos pelo novo despotismo. Entre eles,
figuravam Alexander Berkman, Emma goldman e Alexander Schapiro. Estes
proscritos do paraíso proletário levavam consigo manuscritos de livros e
preciosos materiais de informação. Sem hipérbole, seria possível afirmar que,
entre os precursores que puseram a nu o mito vermelho, estavam os anarquistas.
Esta conduta nunca lhes foi perdoada pelos seus “freres ennemis”. Outros
setores ou mesmo personalidades tocados pelo mito não tardaram senão muitos
anos em sacudir tão pegajosa influência. Entre os mais vulneráveis, destacavam-se
os intelectuais vanguardistas. No que diz respeito ao movimento sindical, Ángel
Pestaña e Armando Borghi foram os primeiros arautos no Ocidente daquele
dramática chantagem. A mensagem de Pestaña tardou, todavia, a chegar aos
sindicatos. Pestaña não retornou a Barcelona senão em 17 de dezembro de 1920,
sendo imediatamente detido e encarcerado. Até quase um ano depois, em novembro de
1921, não remeteu seu relatório ao Comitê Nacional da CNT. Em sua passagem pela
Itália, também lá fora detido. A polícia desse país havia apreendido de quantos
documentos era portador. Ángel Pestaña escreveu depois dois livros sobre a
Rússia. O primeiro, Setenta dias na
Rússia, publicado em 1924. O que significa dizer que não seria lido pelos
trabalhadores confederais senão no início da ditadura de Primo Rivera.
(...)
O
Congresso Nacional da CNT de 1919
O
congresso a que se refere transcorreu nos seguintes termos:
O congresso Nacional da
CNT foi realizado em Madri entre 10 e 18 de dezembro de 1919. Pela extensão e
variedade da agenda, pela quantidade e qualidade dos delegados e o número de
aderentes representados, foi um dos comícios obreiros mais importantes de todos
os tempos celebrados na Espanha. Três problemas capitais foram tratados: a
fusão do proletário espanhol (rechaçada por 323.955 votos contra 169.125 e
10.192 abstenções); a nova estrutura orgânica constituída à base de Federações
Nacionais de Indústria (rechaçada por 651.472 votos contra 14.008); declaração
de princípios do comunismo libertário (adotada unanimemente por aclamação).
No entanto, o debate
mais importante girou em torno de qual atitude tomar com relação à Revolução
Russa. Várias propostas foram sugeridas: “Quais meios poderemos pôr em prática
para prestar apoio à Revolução Russa e evitar o bloqueio (...) por parte dos
Estados capitalistas? É necessário o ingresso (...) na terceira Internacional
Socialista? Deve a Confederação aderir à Internacional imediatamente? Em qual Internacional
deve fazê-lo? Seria conveniente a realização de um Congresso Internacional na
Espanha?
Vários ditames foram
aprovados, porém cabe assinalar o seguinte:
“A Confederação
Nacional do Trabalho se declara firme defensora dos princípios, defendidos por
Bakunin, que conceberam a Primeira Internacional. Declara que adere,
provisoriamente, à Terceira Internacional, pelo seu caráter revolucionário, até
organizar e realizar o Congresso Internacional na Espanha, que irá assentar as
bases que hão de reger a verdadeira Internacional dos Trabalhadores".
Este acordo havia coroado
um debate de alto nível no qual tomaram parte os delegados mais proeminentes. A
discussão envolveu o significado da ditadura do proletariado. Eis aqui um
resumo do que foram as intervenções:
Manuel Buenacasa: “...Nós,
que somos inimigos do Estado, como o temos demonstrado em algumas moções
aprovadas por esse congresso, entendemos que a revolução russa, pelo fato de
ser uma revolução que tem transformado todos os valores econômicos ou, melhor
dizendo, pelo fato de ser uma revolução que tem dado ao proletariado o poder,
os instrumentos de produção e a terra, deve nos interessar nesse aspecto,
portanto devemos impedir que essa revolução, que esse governo dos sovietes,
fique estrangulado pelos Estados capitalistas...”.
Hilário Arlandis: “...Começamos
pela ditadura do proletariado. Muitos companheiros (...) não aceitam a ditadura
do proletariado como não aceitam nenhuma classe de ditadura... naturalmente, em
princípio, não devemos aceitar nenhuma violência, porque toda violência é
ditadura. Mas nós não somos somente idealistas (...) temos de aceitar a
violência porque é uma necessidade mesmo da sociedade e das condições em que
vivemos... Justifica-se a teoria da ditadura do proletariado, não já como ideal
último (...), senão como uma solução intermediária, inevitável, necessária,
fatal, em suma, uma medida contraditória para derrocar de uma vez por todas e
por completo os poderes dos privilegiados, e, por outra parte, capacitar (...)
as massas obreiras, que tem sido durante séculos espoliadas e reduzidas a mais
cruel ignorância...”.
Eleuterio Quintanilla:
“...Faz-se constituído um governo forte de acordo com o conceito clássico da
revolução. Todo movimento, geralmente, deve se coroar de um governo revolucionário
que se encarregue do poder e represente os interesses da nova revolução,
organize a sociedade, estabeleça a nova ordem de coisas, constitua um novo
direito. Esse é o conceito de revolução clássica; esse é o conceito da
revolução marxista. Os federalistas bakuninianos internacionalistas dos primeiros
tempos, homens que estamos de acordo com o critério e o espírito libertários,
sempre combateram, e nós também, no terreno da própria ação de classe, esse
conceito, que é considerado por nós autoritário, centralista, castrador...
portanto, a ditadura russa responde ao nosso conceito libertário...? Não. A
ditadura russa, tal como tem sido exercida, constitui para nós um sério perigo
que, se não está ao nosso alcance combater, está, e deve estar, em não
aplaudir...”.
Salvador Segui: “...Somos
partidários (...) por necessidade da realidade (...) não em teoria, de
ingressar na Terceira Internacional (...) porque isto vai endossar nossa
conduta no chamamento que a CNT vai fazer às organizações sindicais do mundo,
para construir a verdadeira, a única, a genuína Internacional dos trabalhadores...
sustentamos que há necessidade de incorporarmos na Terceira Internacional
circunstancialmente, e que logo a Confederação espanhola deverá convocar todas
as organizações sindicais do mundo para organizar definitivamente a verdadeira
Internacional dos Trabalhadores...”.
(...)
A
formação do Partido Comunista Espanhol e a recusa da CNT
O comitê nacional da
CNT estava nas mãos de elementos inexperientes ou atacados pela epidemia
comunista. Andrés Nin, um jovem oriundo do Partido Socialista, recém-chegado à
CNT, fazia as funções de secretário-geral. Ainda não se conhecia, todavia, as
informações de Pestaña sobre a Rússia. Tais informações, repetimos, não seriam
escritas senão em novembro daquele mesmo ano. A plenária foi celebrada na
segunda quinzena de abril. Havia de se decidir sobre a convocatória de um novo
congresso na Rússia (o da Internacional Sindical Vermelha), marcado para junho.
Foi nomeada uma delegação, composta por quatro comunistas: o mesmo Andrés Nin,
Hilário Arlandis, Joaquim Maurín e Jesus Ibáñez, este último militante do
Norte. Os grupos anarquistas de Barcelona, talvez alertados pelo que ocorria na
Rússia, usaram do direito de agregar à comissão um delegado próprio. Assim sendo,
foi designado Gaston Leval. A delegação se dividiu abertamente ao chegar a
Moscou. Gaston Leval se manteve separado dos quatro incondicionais comunistas.
Um dos méritos desta delegação foi ter intervido, à iniciativa de Alexander
Berkman e Emma Goldman, na greve de fome declarada pelos anarquistas e
socialistas revolucionários presos no cárcere de Moscou. O documento que
estabelece a negociação entre os grevistas e a toda poderosa Tcheca, leva a
assinatura de Hilário Arlandis e Gaston Leval.
Quase na mesma ocasião
que a CNT, o Partido Socialista havia celebrado seu XII Congresso no dia 9 de
setembro de 1919. Este congresso extraordinário havia sido motivado por uma
crise da comissão executiva. Nesse congresso, a tendência chamada “terceiristas”
(partidária pelo ingresso na Terceira Internacional) havia sido batida por
escasso número de votos. No ano seguinte, houve uma cisão das juventudes
Socialistas. Ángel Pestaña escreveria a seguinte anotação: “Antes de minha
saída da Espanha (março de 1920), não existia o Partido Comunista. Estando eu
em Paris, soube que a Juventude Socialista havia se separado do Partido Socialista
e constituído o Comunista. Imprensa partidária: começaram a publicar O Comunista”.
Em junho de 1920, reuniu-se
um novo congresso do Partido Socialista. Desta vez, os “terceiristas” bateram
seus adversários, também por ligeira diferença de votos. A adesão à Terceira
Internacional também estava condicionada a uma viagem de reconhecimento que
fariam à Rússia os delegados representantes das diversas tendências. Os
delegados foram Daniel Arguiano e Fernando de los Rios. O primeiro regressou
como havia partido: firme de suas convicções comunistas. Fernando de los Rios
pesaria muito na retificação do acordo. Segundo Andrés Saborit, “as
conversações de Fernando de los Rios com o patriarca do anarquismo, Piotr Kropotkin,
foram determinantes para convencê-lo de que, se bem havia sido destronado o
odioso czarismo, estava surgindo na Rússia uma nova tirania de tipo pessoal, o
que fez com que suas decisões foram absolutamente contrárias ao ingresso na
Terceira Internacional".
Um novo congresso do
Partido Socialista (9 de Abril) derrotou definitivamente os “terceiristas” por
uma margem confortável de votos. Mais terminada a votação, a minoria derrotada
se apressou a fazer público um manifesto (13 de Abril) encabeçado por quem se
tornaria o primeiro secretário do Partido Comunista espanhol: Oscar Pérez
Solís. Era um sinal da cisão do Partido Socialista que daria nascimento ao
Partido Comunista.
Segundo Pierre Brué e
Émile Términe: “Três correntes haviam se encontrado para fundar o movimento
comunista na Espanha: as Juventudes Socialistas no princípio, com Andrade e
Portela; depois a minoria socialista, com Pérez Solís, García Quejido, Anguiano
e Lamoneda, e o grupo de dirigentes da CNT que animavam Andrés Nin e Joaquín
Maurín".
A CNT necessitava a
todo transe realizar um congresso para revisar seus acordos à luz dos últimos
acontecimentos. Somente mediante um estratagema, e também à força do
proletariado saragociano, foi reunida uma modesta conferência. Este comício
teve lugar em Saragoça no mês de julho de 1922. Uma das principais tarefas foi
confrontar as medidas tomadas pelos delegados enviados para a Rússia. Os
relatórios eram três: o de Ángel Pestaña; um outro escrito por Gastón Leval e o
que fez pessoalmente Hilário Arlandis. Este foi demitido e a Conferência voltou
uma moção de censura contra o despotismo bolchevique.
Também foi adotada uma
proposição pela qual ficava retirada a adesão da CNT à Terceira Internacional
em favor do ingresso na Associação Internacional dos Trabalhadores, reorganizada
recentemente em Berlim.
PEIRATS, José. Repressión y Martirologio, in: Los anarquistas: en la crisis política
española (1869-1939). Libros de Anarres (Utopia Libertaria): Buenos Aires,
2006, pp. 33-45. Os subtítulos não constam no original, as notas também foram
suprimidas e a ordem do texto foi alterada para atender os fins desta postagem
– N.T.
Nenhum comentário:
Postar um comentário